O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, neste domingo, afirmou a necessidade de unir os democratas do Brasil no segundo turno das eleições. O petista enfrentará Jair Bolsonaro (PSL) no próximo dia 28 de outubro. Depois de votar, logo pela manhã, Haddad havia explicado que buscará alianças com pessoas que tenham comprometimento com o Brasil. Após o resultado já afirmou que sua campanha recomeça nesta segunda-feira em busca da vitória.
Haddad disse que o segundo turno das eleições é oportunidade renovada de poder comparar projetos, propostas e biografia dos candidatos. “Estou esperançoso que o segundo turno seja muito mais civilizado do que foi o primeiro”, explicou.
O candidato disse ter respeito por seus adversários, sobretudo por já ter trabalhado com Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). E, no segundo turno, procurará ir além dos partidos para futuras alianças. “Vamos estender a mão aos brasileiros e brasileiras que, independente de partidos, queiram contribuir com a construção democrática do País. Vamos procurar personalidades, pessoas com biografia de serviços prestados ao País para ampliar e governar comunidade”, explicou.
“Vamos estender a mão aos brasileiros e brasileiras que, independente de partidos, queiram contribuir com a construção democrática do País.”
No primeiro turno, Haddad ficou em segundo lugar, com pouco mais de 31 milhões de votos (29%), atrás do capitão do exército, candidato do PSL, que encerrou o primeiro turno com mais de 49 milhões de votos (46%). Desde que foi lançado pelo PT como substituto de Lula, saiu de 4% nas primeiras pesquisas eleitorais, para os números apresentados hoje.
Em seu discurso de agradecimento, em um hotel na Zona Sul de São Paulo, à noite, disse que já havia falado por telefone com Ciro Gomes, Marina e Guilherme Boulos (PSOL), repetindo que está aberto a discutir propostas. A este último, inclusive, teceu grandes elogios, dizendo ser “a boa novidade para o País”. Destes candidatos, Marina e Ciro acenaram que a direção de seus partidos definirá neutralidade ou apoio a algum dos candidatos. No Ceará, após a apuração, Ciro Gomes chegou a dizer a jornalistas, quando questionado sobre alianças: “Ele não, sem dúvida”, em clara alusão a Bolsonaro.
Voltando ao discurso de Haddad, o candidato também agradeceu sua família, a esposa Ana Estela, o Partido dos Trabalhadores, os partidos coligados (PCdoB e Pros), e claro, a Lula, a quem se referiu como “a grande liderança” do PT.
Haddad disse sentir-se desafiado pelos números expressivos apresentados nas urnas. “É preciso aproveitar isso com sobriedade e responsabilidade. Queremos unir os democratas do Brasil. Queremos um projeto amplo, que busque de forma incansável justiça social”, concluiu.
Nesta segunda-feira, pela manhã, Fernando Haddad se reunirá com o ex-presidente Lula, na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde segue preso após condenação em segunda instância na Operação Lava Jato. Haddad é credenciado como advogado de Lula e os encontros semanais são cumpridos rigorosamente ao longo da campanha.
PF indicia Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado
Lista de indiciados da PF: Bolsonaro e Braga Netto nas mãos de Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Lula diz que “agradece” por estar vivo após suposta tentativa de envenenamento
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF