Moradores da Praça Seca, na zona oeste, participam de ação comunitária do Gabinete de Intervenção Federal que leva serviços públicos à Vila Olímpica Manoel Tubino.Fernando Frazão/Agência Brasil| Foto:

O general Braga Netto, que comanda a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, afirmou que não há chances de que o processo seja prorrogado, com a conclusão permanecendo em 31 de dezembro. Ele disse também, em entrevista à Agência Brasil, que os militares planejam negociar uma transição de seis meses com a equipe de segurança do novo governo do Rio de Janeiro, que será definido nas eleições de outubro. Atualmente, o estado é administrado por Luiz Fernando Pezão (PMDB).

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Deputados federais do estado que conversaram com o blog A Protagonista apresentaram diferentes opiniões sobre a intervenção no Rio, mas todos destacaram que o processo não terá resultados se não for acompanhado de investimentos estruturais.

“Eu acho que a intervenção militar tem que ser apenas pelo tempo determinado. E acho que tem que reforçar a estrutura da Polícia Militar, da Polícia Civil e os equipamentos da polícia do estado do Rio de Janeiro”, destacou Áureo (SD). Já Glauber Braga (PSOL) questionou a lógica da intervenção: “não deve ser prorrogada porque não está resolvendo os problemas estruturais na área de segurança pública no estado do Rio de Janeiro”. Segundo o parlamentar, recursos destinados à intervenção poderiam contribuir para a melhoria de setores como educação e moradia.

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Felipe Bornier (Pros) é favorável à continuidade da intervenção por entender que a gestão de Pezão é incapaz de resolver os problemas da segurança do estado. “O governador não tem nenhum tipo de preparo. A gente não sabe o que vai acontecer no ano que vem, e quem virá. E hoje, o interventor tem algum tipo de credibilidade e conhecimento por parte da inteligência”, destacou.

Histórico
A intervenção foi anunciada pelo governo de Michel Temer no início de janeiro e interpretada como uma forma de, além de contribuir para a redução da violência no Rio, minimizar a impopularidade do presidente, que à época ainda considerava uma candidatura à reeleição.

No entanto, os números positivos não apareceram e o período acabou manchado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), um crime que permanece sem esclarecimentos.