Estas são as fotografias de Edwin e José León Ramírez, dois irmãos, de 27 e 39 anos de idade, moradores da província de Carabobo, em San Blas, na Venezuela, antes de serem presos, no dia 25 de janeiro deste ano.
É difícil reconhecer, mas são os mesmos irmãos nesta foto ladeando o deputado Carlos Lozano, no dia 8 de junho, ao deixar a estação de polícia de San Blas, em Carabobo, após pouco mais de 5 meses de detenção:
A região é pacata, perto do paradisíaco caribe venezuelano e do lago de Valencia, onde já chegaram os protestos violentos contra a ditadura de Maduro e a fome democrática imposta pelo regime a todo o país. Os irmãos León Ramírez tentaram furtar comida de uma padaria porque não tinham o que comer, mas acabaram flagrados pela polícia do regime e foram parar atrás das grades sem imaginar que haveria pesadelo maior do que já viviam.
Ambos entraram no cárcere pesando cerca de 75 quilos. Ao sair – o que só ocorreu graças a denúncias públicas do deputado Carlos Lozano, que atua na região de Carabobo há 20 anos – pesavam menos de 40 quilos e mal conseguiam andar, parar em pé e articular as palavras.
Em vídeos gravados por jornalistas independentes que atuam na Venezuela e veiculados pelas redes Crónica Uno e NTN, afirmam que as famílias conseguiam providenciar refeições diárias, algo que não é fornecido pelos presídios. Mas o prato do dia, a partir de 1º de fevereiro, foi fome e tortura.
Os irmãos Ramírez relataram que, desde primeiro de fevereiro, um preso apelidado de “El Oso”, “O Urso”, tinha a conivência dos policiais para retirar deles toda a comida que recebiam da família. Também mostram no vídeo as marcas da tortura do que relatam ser colheres descartáveis de plástico que eram aquecidas e colocadas contra as palmas de suas mãos.
Contaram aos repórteres independentes que também fazia parte do dia-a-dia a introdução de agulhas sob as unhas, surras, pressão dos dedos dos torturadores nos olhos, além da violência psicológica. Só ingeriam alimentos quando já estavam “descompostos” e então a comida era entregue pelos funcionários da unidade policial.
Quando a denúncia foi feita nas redes sociais pelo deputado Carlos Lozano, que é o presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Assembleia Nacional da Venezuela, os irmãos Ramírez dizem que os carcereiros se assustaram e deram a eles a comida que a mãe havia enviado e água fresca.
Ainda assim, relatam ter sido vítimas de uma surra na noite da denúncia, o último 8 de junho.
O deputado classifica o caso como tortura e diz que tem documentação suficiente para levar os fatos à Organização das Nações Unidas. Diz que é evidência da leniência do sistema processual e penal da Venezuela não apenas o fato do cumprimento de sentença em estações policiais, mas a flagrante violação de Direitos Humanos.
Tudo está bem documentado. Vale mais uma mensagem nas redes sociais que um ofício à Promotoria ou ao Sistema Judicial. – diz o deputado venezuelano Carlos Lozano.
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