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O agendamento do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) de um recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula para o próximo dia 26, que pode levar à libertação do petista, foi celebrado por aliados e até mesmo por adversários do líder maior do PT.

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Entre os defensores de Lula, há a expectativa de soltura e da consequente entrada de Lula na corrida eleitoral. O ex-presidente lidera as pesquisas para a sucessão de Michel Temer nos cenários em que é incluído, e os “planos B” do PT não têm registrado desempenho dos mais satisfatórios.

“O julgamento pode marcar um cenário novo para a normalidade da justiça do Brasil, que na minha visão estava muito focada, querendo criar um punitivismo que vai de encontro ao direito não só no plano nacional, mas internacional”, disse o deputado federal Paulão (PT-AL). “Espero que a segunda turma possa patrocinar a soltura do ex-presidente”, reforçou o também deputado federal Bebeto (PSB-BA).

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Já os opositores do PT e de Lula apontam que a análise do recurso do ex-presidente ajuda a comprovar que o direito de defesa do ex-presidente está sendo respeitado – o que derruba a tese da “perseguição política”, cara aos petistas.

“O ex-presidente Lula tem todos os direitos e eles devem ser preservados. Para que não reste nenhuma dúvida de que o processo que ele está passando seja justo, siga a lei e para que depois não aleguem que a justiça está sendo parcial, como têm alegado os que se aliam ao presidente Lula nesta questão”, apontou Silvio Torres (PSDB-SP). “O estado de direito precisa ser preservado”, reforçou Augusto Carvalho (SD-DF).

Turma que absolveu Gleisi
Os apoiadores de Lula têm uma razão adicional para o otimismo. O julgamento será feita pela segunda turma do STF – que na terça-feira (19) absolveu a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT. O colegiado é composto pelos ministros Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Edson Fachin. Eles avaliaraão argumentos da defesa de Lula, como o de que o juiz Sérgio Moro é incompetente para julgar o caso e que há parcialidade por parte de alguns procuradores do Ministério Público.

Por conta da velocidade para o julgamento, o deputado federal e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ) ironizou a postura da corte: “há centenas de recursos mais antigos lá [no STF]. Parece que o supremo, em parte, trabalha, para esse presidiário em especial. Eu espero que não seja concedido o HC, até em nome da boa justiça brasileira”.