A população de São Paulo aprendeu rápido, com dois governantes, que lacrar nas redes sociais é diferente de prefeitar.
As redes sociais, ao contrário do que os poderosos sempre estiveram acostumados, não servem apenas para que eles e os tais “formadores de opinião” que apoiam suas políticas divulguem um discurso pronto e bem amarrado, também serve para todo cidadão registrar fatos do cotidiano.
Há quem aprenda com a experiência alheia e há quem tente repetir os mesmos atos esperando resultado diferente.
O fato é que um dos pontos turísticos mais divulgados de São Paulo, localizado em bairro chique, residência de muitos “formadores de opinião”, lugar onde queda de árvore e falta de luz vira notícia em jornais de grande porte, viveu um dia de caos e abandono.
O “Beco do Batman”, famoso em todo o país, virou um rio, por onde uma mulher desesperada era arrastada pela correnteza junto com vários carros. Não há notícias dela – o filme foi feito por moradores que não a conhecem – mas também não há notícias de pessoas mortas na enchente.
Em seguida, quando a água baixou, os moradores tiveram de aturar as festas de rua, regadas a cerveja e música alta, point de outros tantos formadores de opinião para encerrar o domingo.
A vida real, amigos, é bem mais complexa que as redes sociais. O Brazyl tem fila de gente para gritar indignação nas redes sociais, mas não acha um disposto a lavar uma louça na hora que precisa, né?