O deputado Wadih Damous (PT), autor do pedido de liberdade de Lula, quer providências do TRF-4: “O juiz Sérgio Moro está cometendo crime de desobediência”, afirma por meio de texto distribuído a jornalistas pela sua assessoria, afirmando que está em Curitiba, nos “arredores” a PF.
Ex-presidente da OAB-RJ, o deputado tornou-se oficialmente advogado do ex-presidente Lula em decisão do relator da Lava Jato no TRF-4, desembargador João Pedro Gibran Neto, no dia 17 de maio. O pedido havia sido feito apenas para que, com essa condição, o deputado pudesse fazer visitas na carceragem, que haviam sido negadas na condição de parlamentar.
Oficialmente representante de Lula, entrou com habeas corpus, com pedido liminar e, surpreendentemente, apesar de decisão colegiada em contrário do mesmo Tribunal, conseguiu o deferimento no plantão. “A Polícia Federal, desde cedo, já foi comunicada da decisão, está com o alvará de soltura em mãos. No entanto, o juiz Sérgio Moro entrou no circuito. Ele, que não tem mais qualquer jurisdição sobre o processo, mandou o delegado da PF não cumprir a ordem. Isso é crime. Isso é desobediência à ordem judicial”, protesta do deputado Wadih Damous.
O petista informa que já pediu providências ao desembargador Rogério Favreto, que determinou a soltura de Lula. “Nós já comunicamos ao desembargador que deu a decisão para ver que providências ele toma. E só há uma providência a ser tomada: reiterar a ordem, abrir processo administrativo, disciplinar e criminal contra Sérgio Moro”, receita Wadih Damous.
José Osmar Pumes, Procurador-Geral da República plantonista, discorda do deputado e concorda com Sergio Moro.
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