Empresário, o CEO da Riachuelo, Flavio Rocha, é preocupado com a perda de competitividade do Brasil, apontada pelo Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation, publicado com exclusividade em português pela Gazeta do Povo.
Competitividade é uma plantinha muito frágil que tem de ser regada todos os dias para que ela floresça e aqui essa plantinha é maltratada, é pisada pelos coturnos da burocracia e da insensibilidade estatal.
Mas, como ficam, nesse contexto, os que nada têm? As crianças abandonadas, as pessoas com severas deficiências físicas e mentais, aqueles que foram pisoteados pela vida e precisam somente de um empurrão para prosperar? Eu, pessoalmente, creio que é dever de cada um de nós doar um pouco do que recebemos. E Flavio Rocha?
Qualquer pessoa que não seja um canalha se sensibiliza com o sofrimento humano.
O CEO da Riachuelo argumenta que, na época em que se estabeleceu o capitalismo moderno, substituindo a economia que tentava incluir os pobres apenas pela caridade, a inclusão foi muito mais efetiva.
Eram 90% das pessoas miseráveis, analfabetas e abaixo da linha da pobreza. Bastaram 250 anos do capitalismo moderno para que passássemos de 90% de excluídos para 10% de excluídos. (…) Antes tentávamos incluir pela caridade e não estou falando mal da caridade, mas o livre mercado tem uma força que a caridade não tem.
O empresário lembra que boa parte dos projetos bem sucedidos de apoio a pessoas que precisam de ajuda por um tempo ou por toda a vida vêm da iniciativa privada, mas admite que, dada a cultura estatal que ainda temos no país, seria admissível que, emergencialmente, se mantivessem programas estatais.
Os exemplos vitoriosos de apoio e de caridade a essas pessoas são todos da área privada também. Mas, tudo bem, se temos uma cultura de Estado, se não tivermos espaço para a caridade privada…
A Riachuelo tem um programa de cooperativas de costureiras chamado Pró-Sertão, que Flavio Rocha detalha no vídeo. Diversas empresas privadas desenvolvem programas semelhantes não por caridade apenas, mas por necessidade de melhorar as comunidades onde instalam suas empresas para obter mão-de-obra mais competitiva e produtiva.
De qualquer forma, o empresário admite que a sociedade tem uma obrigação com aqueles que jamais poderão tomar conta de si mesmos. Quanto aos demais, o sucesso se mede pelo tanto de dignidade que podemos dar a eles, não pelo tanto de dependência que o Estado é capaz de transferir.
Os totalmente excluídos, que não têm chance, têm de ter um amparo. Mas, como dizia Ronald Reagan, você mede a eficiência de um plano assistencial, não como faziam com o Bolsa-Família ‘olha, aumentamos tanto’, mas pelo número de pessoas que saíram dele, não quantas entraram.
Não podemos perder de vista o sentido de sociedade civil, de vida em comunidade, a força da ajuda mútua. O Brasil está acostumado a empurrar para o Estado aqueles que, por uma razão ou outra, em determinado momento não alcançam a excelência. Há questões que a sociedade civil resolve de formas muito mais efetivas.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião