Na segunda-feira (7) completou-se um mês desde o dia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula foi preso – um mês daquele sábado marcado pela vigília no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, da intensa negociação para a entrega do petista e da transferência dele para Curitiba, onde permanece.
Ao longo desse intervalo, a anunciada “convulsão social” que a prisão do ex-presidente causaria no país não aconteceu – os brasileiros seguiram tocando suas vidas. As polêmicas se restringiram aos ambientes políticos, como o Congresso, e ao acampamento montado por petistas e simpatizantes na capital do Paraná.
O espaço registrou tanto episódios sérios, como um atentado a tiros aos militantes, como outros risíveis, gama que inclui desde a romaria diária do “bom dia, Lula” até o dia em que o senador LIndbergh Farias (PT-RJ) viu o rosto do ex-presidente em uma nuvem que pairava sobre Curitiba.
Outra polêmica constante se deu em torno das visitas ao ex-presidente. Os juízes Sérgio Moro e Carolina Lebbos deixaram claro, desde o início, que Lula não contaria com privilégios. Mas segmentos do PT não compreenderam bem as restrições e protestaram com ênfase quando um grupo de governadores, a ex-presidente Dilma Rousseff e outras lideranças foram impedidas de ver Lula.
Paralelamente – e paradoxalmente – a tudo isso, Lula permaneceu líder nas pesquisas de intenções de voto. Levantamentos divulgados pelo Datafolha e pelo Paraná Pesquisas, feitos após a prisão, confirmaram o ex-presidente em primeiro lugar.
Isso, somado ao discurso da “prisão política”, motivou o PT a manter o discurso de que Lula é o único nome do partido para a disputa presidencial. A abordagem, porém, sofreu um arranhão em pleno Primeiro de Maio, quando o ex-governador Jaques Wagner sugeriu que o PT poderia compor com o PDT de Ciro Gomes. Embora posteriormente Wagner e outras lideranças petistas tenham enfatizado que a única opção permanece sendo Lula, as especulações passaram a ganhar força.
Enquanto isso, no resto do mundo, o período de um mês foi suficiente para algumas transformações significativas. Como o encontro entre os líderes das Coreias e a substituição do presidente de Cuba, país que será governado por um nome externo à família Castro pela primeira vez depois de décadas.
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