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Henrique Meirelles segue confiante em sua candidatura à Presidência da República pelo MDB, partido do presidente Michel Temer.

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A verdade é que o pré-candidato tem gastado muita sola de sapato para fazer valer seu nome na cabeça de chapa do partido.

Já são quase 20 estados visitados para reforçar seu nome como o pacificador da economia nacional.

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E quando a sola do sapato cansa, o reforço vem pela internet, em forma de vídeos e postagens mostrando que sua figura e ações são respeitadas por todos os rivais, sejam de esquerda, direita e até do centrão.

Nesta segunda-feira, Henrique Meirelles esteve em Curitiba e cedeu entrevista aos nossos colegas Fernanda Trisotto e Fernando Martins, da Gazeta do Povo.

Leia mais: Meirelles ‘recusa’ o polêmico plano de governo do articulador político de Temer

Em sua fala, Meirelles garantiu que será o candidato do MDB à Presidência da República por ter apoio da maioria.

“Eu tenho o apoio declarado pelos votos dados na convenção, da maior parte dos convencionais. Visitei 16 estados brasileiros e nos demais, já conversei por telefone. Tenho manifestações de apoio de 70%, 80% dos convencionais”, garantiu.

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O apoio de Meirelles, inclusive, vem do atual presidente, Michel Temer.

Nesta terça-feira, em Puerto Vallarta, no México, Temer voltou a assegurar o nome do ex-ministro e disse que o MDB é muito eclético, por isso a variedade de opiniões.

Uma dessas opiniões divergentes é a do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, articulador de Temer, que teve uma carta divulgada pela imprensa no domingo com propostas um tanto quanto bombásticas a Meirelles.

Dentre elas, Marun defende uma espécie de anistia ao caixa 2 eleitoral, nova lei de abuso de autoridade e cobrança de atendimentos pelo SUS, por exemplo.

Na entrevista à Gazeta do Povo, Meirelles garantiu que as propostas não representam o plano de governo dele nem mesmo qualquer recomendação do partido para sua campanha.

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“Eram opiniões pessoais do ministro Marun e não representam a posição oficial do partido ou qualquer plano de governo da minha candidatura. Recebi diversas propostas e todas serão analisadas por mim e pela equipe”, explicou.

E a campanha essa que não seguirá fácil até ter o martelo batido por seu nome.

O ministro Eliseu Padilha, defensor de Meirelles garante que mais de 400 dos 600 delegados do MDB votarão em seu nome. Alas do MDB gostariam de se colar em Alckmin, até mesmo com Temer, e outras que ainda não se decidiram.

Além disso, é preciso lutar contra adversários dentro do próprio partido, como Eunício Oliveira, Roberto Requião e até Renan Calheiros, que parece ter preferido Lula a alguém do MDB na presidência.

Se o apoio interno é difícil, Meirelles vai apostar na sua estrela de ‘Xerife da Economia’ para mostrar que até mesmo os adversários são cientes de suas qualidades.

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Mas, a missão realmente difícil é fazer decolar nas pesquisas, pois seu nome tem figurado na parte inferior da tabela, sempre com pouco mais de 1%.

Bem distante da realidade de quem garante que atingirá pelo menos 15% em outubro para disputar um eventual segundo turno.