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Se existe algo complicado na vida é indicar alguma pessoa para determinada coisa ou serviço. Já experimentou indicar ou pedir indicação de mão de obra, por exemplo?

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Outra coisa bem complicada é a indicação no campo político. Ou seja, dizer em quem você votaria e declarar apoio a tal pessoa.

No segundo turno dessas eleições estamos experimentando situações como essa. É cada saia justa que fica até difícil mostrar quão absurdas chegam a ser algumas declarações.

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Isso acontece tanto na esfera estadual, como na disputa ao Palácio do Planalto, e ainda se misturam, deixando tudo ainda mais complicado.

Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República, recebeu pelo menos três ativistas LGBTs que declararam apoio à sua candidatura.

Primeiro foi a visita do badalado maquiador Lili Ferraz, depois com os youtubers Agustín Fernandez e Karol Eller. O fato causa surpresa, pois Bolsonaro é tido como homofóbico entre seus adversários.

Em São Paulo, mais confusão: Bolsonaro decidiu não declarar apoio a governadores em estados em que o PSL não esteja na disputa.

Sendo assim, Doria encampou o termo BolsoDoria e vem gastando muito tempo de sua campanha para grudar no candidato à Presidência.

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No entanto, nada ouviu de Bolsonaro, a não ser um ‘boa sorte’.

Esse fato chamou a atenção de seu oponente, Marcio França, que usa dessa distância pedindo, nos debates, que João ‘largue’ Bolsonaro, pelo capitão não querer tê-lo a seu lado.

Major Olímpio, eleito senador por São Paulo e presidente do PSL no Estado, reforça a tese do não-apoio, mas diz que seu voto pessoal é para França.

Nesse final de semana, várias carreatas com apoio a França e Bolsonaro foram feitas, como de classes fortes, como a dos caminhoneiros, onde França está em boa cota, após sua interferência na paralisação nacional de maio.

Até mesmo o deputado Campos Machado, que sempre esteve ao lado dos tucanos, engrossou o coro 17 e 40 pelas ruas.

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E o cenário só piora: prefeitos tucanos de cidades paulistas também estão declarando apoio a Marcio França. Muitos dizem que Doria se dedica a um projeto pessoal e não com os ideais defendidos pelo PSDB.

O partido tem pedido justificativas de seus prefeitos e já houve até caso de expulsão, como Ademir Lindo, prefeito de Pirassununga.

Doria reclamou e bateu o pé neste domingo, em ato pró-Bolsonaro, na Avenida Paulista, em São Paulo. Chegou a chamar esses dissidentes de “covardes e de esquerda”, afirmando que “serão julgados pelo diretório estadual do PSDB”.

Mas, para não ficar triste, há apoio a ele sim, mas que vem para causar mais rixa. Vice na chapa de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão contraria a decisão do PSL e disse estar ao lado de Doria.

O PRTB, partido de Mourão, para não ter mais problemas, garantiu que é apenas o apoio da legenda, não da chapa, afirmando ter liberdade e autonomia para isso.

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