O ex-ministro da Wagner Rossi, que comandou a Agricultura durante as gestões de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, foi um dos presos pela Operação Skala da Polícia Federal, que atingiu nesta quinta-feira (29) pessoas próximas do presidente Michel Temer. A participação no escândalo dessa semana se soma a outros incidentes polêmicos na trajetória de Rossi.
Um deles vem de 2000, quando ele comandava a Companhia de Docas do Estado de São Paulo (Codesp) – empresa que administra o porto de Santos, epicentro dos episódios investigados pela Skala. Na ocasião, a estatal foi acusada de renovar, sem licitação e antes do prazo necessário, o contrato de locação de três terrenos.
Já em 2010, quando Rossi era o comandante da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Tribunal de Contas da União (TCU) publicou um relatório sobre uma série de falhas na gestão da estatal que geraram um prejuízo estimado em mais de R$ 1 bilhão. O tribunal relatou que a Conab alugava galpões para estocar alimentos enquanto mantinha seus próprios galpões ociosos.
Apesar das controvérsias, Rossi foi nomeado por Lula para a Agricultura em 2010. Ele permaneceu no cargo quando Dilma assumiu a Presidência em 2011 e acabou caindo ainda no primeiro ano de mandato da petista. À época, Rossi foi acusado de, entre outras irregularidades, autorizar a execução de um contrato firmado com base em uma concorrência fraudulenta e viajar em um jatinho de uma empresa que tinha interesses no Ministério.
Rossi, contudo, não foi demitido por Dilma. Ele pediu demissão – e a ex-presidente, em sua nota oficial sobre a saída, disse que lamentava a exoneração de Rossi e que a presunção de inocência dele não havia sido respeitada.
A passagem pelo Ministério da Agricultura foi a última ocasião em que Rossi ocupou um cargo público. Ele permaneceu, entretanto, influente no cenário político – tanto por via direta quanto por meio do seu filho, o deputado federal Baleia Rossi (SP), líder do PMDB na Câmara. Ao longo de toda a sua trajetória, Rossi sempre ressaltou a proximidade com Michel Temer.
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