Usado por 120 milhões de brasileiros em todo país, o aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp entrou no radar dos pré-candidatos ao Planalto. Com poucos segundos na tevê, o pré-candidato João Amoêdo (Novo) foi pioneiro no uso das listas de transmissão — ferramenta que permite encaminhar uma única mensagem a vários contatos.
Criada em janeiro deste ano, a lista dispara vídeos gravados por Amoêdo, fotos, trechos de entrevistas, propostas de campanha, além de pedidos de mobilização. Uma mensagem enviada em maio afirmava que os usuários que mais convidassem amigos para o “WhatsApp do João” poderiam conversar com ele por telefone. Segundo sua assessoria, a lista reúne cerca de 15 mil inscritos.
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A estratégia de Amoêdo também foi adotada pelo pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL). Sem divulgar o número de adeptos, a equipe de Boulos diz que a lista foi criada em março para difundir novidades da pré-campanha e facilitar a conexão com os eleitores.
A equipe da pré-candidata Manuela d’Ávila (PCdoB) também lançou um número de WhatsApp para os seguidores, mas garante que a estratégia é outra. Marcelo Branco, que integra a coordenação de comunicação, afirma que o número foi criado não só para distribuir informações da campanha, mas sobretudo para receber. Diferentemente da lista de transmissão, em que a mesma mensagem é enviada a todos os contatos, a comunicação é feita de forma personalizada, sobretudo a grupos de apoiadores.
“A equipe usa muito o WhatsApp, mas não para mandar notícias e materiais para desconhecidos. O número também serve como um atendimento 24 horas para tirar dúvidas. Nós optamos por focar em grupos específicos: temáticos ou regionais, por exemplo. Não queremos criar uma rede de ‘spams’, mas sim de colaboradores”, explica.
Professor e consultor de marketing político, Sergio Almeida avalia que o WhatsApp será fundamental nas eleições de outubro. Para ele, o aplicativo garante maior velocidade e anonimato às trocas de mensagens e, diferentemente do Facebook, não afasta eleitores indecisos.
“No WhatsApp, há uma carga de privacidade que faz com que o usuário se sinta mais à vontade para expor e buscar informações. No Facebook, a gente observa que a militância e as ‘torcidas’ estão organizadas, se enfrentando e se digladiando, o que faz com que eleitores indecisos não participem do debate”, afirma.
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