Renan Calheiros (MDB-AL), Espiridião Amim (PP-SC), Simone Tebet (MDB-MS), Tasso Jeiressati (PSDB-CE), Cid Gomes (PDT-CE) e Alvaro Dias (Podemos-PR). A eleição para o Senado tem, atualmente, seis pré-candidaturas colocadas – embora muitos parlamentares se recusem a falar sobre o tema e a disputa, até o momento, esteja mais nos bastidores do que sob domínio público.
Caso realmente os seis nomes estejam nas cédulas em fevereiro, quando a eleição ocorrerá, o cenário será bem distinto do que o habitual para o Senado.
Em 2017, ano da última eleição, que consagrou Eunício Oliveira (MDB-CE), o clima foi de virtual unanimidade. Eunício recebeu 61 votos dos 81 possíveis. Seu oponente, José Medeiros (ex-PSD, atualmente no Podemos-MT), ficou com apenas 10 votos, sendo os 10 restantes em branco. A eleição de 2015 até registrou um pouco mais de competitividade, mas ainda assim entre dois nomes do mesmo partido: os emedebistas Renan Calheiros (AL) e Luiz Henrique (SC), morto em maio daquele ano. A vitória ficou com o parlamentar alagoano, por 49 a 31.
O atual comandante do Senado é um dos “medalhões” da casa que não conseguiu renovar seu mandato nas urnas esse ano. Outro que também estará sem cargo público no ano que vem, Cristovam Buarque (PPS-DF) figura historicamente ao lado dos derrotados na eleição para o Senado: apoiou Medeiros em 2017 e Luiz Henrique em 2015. Segundo ele, as eleições para o comando do Senado costumam ser decididas por miudezas.
“Os senadores são controlados com pequenos favores. A escolha do gabinete, a indicação para viagens… não temos debates sobre quem representaria melhor o Senado do Brasil”, disse. O parlamentar defende que o Senado utilize sua estrutura de consulta popular, empregada para ouvir a população sobre projetos de lei, também na definição para a Presidência.
Tsunami de 2005
O excesso de candidaturas, com uma indefinição de quem realmente representa o governo, lembra o cenário identificado na Câmara dos Deputados em 2005. Naquele ano, o azarão Severino Cavalcanti (PP-PE) venceu uma disputa marcada pela “guerra fratricida” do PT, que não fechou consenso e apresentou dois nomes para a disputa: Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) e Virgílio Guimarães (MG). Cavalcanti aproveitou a brecha e somou 300 votos. Seu mandato, porém, durou bem menos do que os dois anos inicialmente previstos – ele acabou caindo após ser acusado de corrupção.
Naquela eleição, outro deputado igualmente pouco conhecido também se colocou como candidato: Jair Bolsonaro (RJ), à época no PFL. O atual presidente eleito recebeu apenas dois votos.
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