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O povo no Legislativo pela primeira vez no mundo

A cidade de São Paulo conta com o primeiro coworking legislativo do mundo.  Iniciativa da vereadora Janaína Lima, do partido Novo, fez com que mais da metade do espaço do seu gabinete fosse transformado em uma startup de ideias para a capital.

De início, a ideia chegou a assustar políticos veteranos e outros que veem com certo temor a abertura da casa de leis para o povo, que realmente é o detentor do direito de estar lá. Mesmo diante da negativa inicial, a vereadora persistiu na ideia até conseguir viabilizar a proposta.

O molde é o mesmo de um coworking convencional, onde pessoas se reúnem para traçar negócios, mas o foco não está no desenvolvimento de ideias da área privada, mas sim na esfera pública.

Assim, lideranças de bairros e comunidades podem criar projetos e iniciativas que sejam desenvolvidas com mentores nesse espaço, podendo virar projetos de lei e outras ações pontuais.

Tudo deve começar no site www.embaixadoresdamudanca.com.br, onde a ideia deve ser inscrita para análise de um colegiado, explica a vereadora Janaína Lima.

“A partir disso, a pessoa tem três meses para desenvolver a iniciativa até a realização, inclusive com monitoramento, testes e avaliação do projeto. Ao final dos três meses a pessoa ganha certificado de participação e, se o projeto andar, haverá também um certificado documentando isso”, diz a vereadora do partido Novo.

Nesta sexta-feira, 25 de janeiro, aniversário de São Paulo e lançamento do projeto, algumas iniciativas já foram apresentadas e concorrem a uma das 20 vagas do espaço.

Uma das ideias é para trazer transparência e compliance no setor público através de um jogo.

Outra proposta concorrente é sobre ensinar educação financeira aos professores da rede pública.

Há ainda um modelo sobre elo entre a agricultura familiar e a merenda escolar com regras de transparência garantindo alimentos com mais qualidades e mais baratos.

A vereadora explica, ainda que esses e outros projetos podem se materializar de três formas.

“É claro que esse projeto pode virar uma proposição legislativa, ou seja, um projeto de lei. Outro caminho é poder captar recursos junto a iniciativa privada para a realização. Ainda há um terceiro caminho, que é virar uma ação pontual dentro do seu bairro, com uma intervenção pontual simples, que contará com o apoio do gabinete”, destaca Janaína.

O Coworking Legislativo foi montado sem custos para o poder público. Mobiliário, projeto, mão-de-obra e reforma foram custeados pessoas e empresas que apoiaram a ideia.

Outras cidades do Brasil já entraram em contato com o gabinete para conhecer a proposta e difundi-la país afora.

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