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A exclusão do PT na formação de um bloco de oposição a Jair Bolsonaro no Congresso Nacional foi qualificada pelo deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS) como um reflexo da atitude do partido em relação às outras legendas de esquerda e centro-esquerda.

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“O PT que tome o caminho dele. Nós temos que tomar o nosso. Isso não quer dizer que nós não possamos nos encontrar em debates de conteúdo. Mas hegemonia que o PT buscava já acabou. O PT, na relação que tem com a gente, é uma via de mão única. Só vai daqui pra lá, não vem nada de lá pra cá”, atacou o parlamentar.

A formação do possível bloco deve ter PDT, PSB, Rede e até mesmo o PCdoB, o aliado mais fiel do PT, que na disputa presidencial de 2018 indicou a vice na chapa de Fernando Haddad, Manuela D’Ávila. O bloco começou a ser gestado nessa semana – entre outros atos, pela conversa entre o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e seu futuro colega Cid Gomes (PDT-CE), que se encontraram em Brasília. A reunião foi chamada de Randolfe de “oposição responsável e unida pelo Brasil e pelos trabalhadores!”.

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Pompeo de Mattos disse também que o perfil de oposição praticado pelo PT, manifestado durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e o atual governo Temer, é algo do qual o bloco quer distância. “A oposição raivosa, do ‘quanto pior, melhor’, não está nos nossos planos”, destacou.

A relação entre PDT e PT viveu seu maior momento de tensão após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva operar – de dentro da cadeia – para isolar Ciro Gomes na corrida presidencial, vetando a aliança entre PDT e o PSB, que estava quase certa. Ciro não fez campanha para Fernando Haddad (PT) no segundo turno contra Jair Bolsonaro e Cid, embora tenha declarado voto no petista, disse a um militante a frase “o Lula tá preso, babaca”, que acabou entrando para o folclore da política nacional.

Se formalizado, o bloco PDT, PSB, PCdoB e Rede vai ter, a partir do ano que vem, 13 senadores e 70 deputados federais.