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Onda antipetista que ajudou tucanos em SP na eleição passada não ajuda Doria e Alckmin

Os números do levantamento divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Paraná Pesquisas indicam que a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB), apesar do bom histórico do tucano em São Paulo, não empolga os eleitores do seu estado.

Alckmin aparece com 14,4%, empatado tecnicamente com Fernando Haddad (PT), que soma 14,7%, e bem distante de Jair Bolsonaro (PSL), que registra 30,4%. Em comparação com o último levantamento, de agosto, o ex-governador de São Paulo recuou 2,6 pontos percentuais, enquanto o petista avançou 7,1 pontos e o líder, 7,3 pontos.

A vitória em São Paulo era esperada pelo PSDB como forma de compensar o desempenho frágil de Alckmin no restante do país. O tucano tem aparecido no plano nacional em quarto lugar, atrás de Bolsonaro, Haddad e Ciro Gomes (PDT), e tende a registrar o pior desempenho de um candidato presidencial na história do PSDB. Em todas as eleições para o Planalto desde 1994, o partido ficou ou na primeira ou na segunda colocação.

Governo
As notícias pouco animadoras para o PSDB também aparecem na disputa pelo governo do estado. Embora o tucano João Doria mantenha a liderança, com 27 pontos, seguido de Paulo Skaf (MDB), com 23, a candidatura de Márcio França (PSB) registrou um crescimento de 5,5 pontos. O atual governador tem agora 12,2% das intenções de voto.

O melhor desempenho de França acontece no momento em que ele começa a ser mais atacado pelos adversários. Uma propaganda veiculada pela campanha de Doria no fim de semana tentou mostrar o governador como um “político de duas caras”, mas gerou controvérsias ao comparar o visual atual de França com o dele no passado – quando usava barba e era 40 quilos mais pesado.

França, que perdeu peso por conta de uma cirurgia bariátrica motivada pelo fato de ele sofrer de diabetes, rebateu a peça de Doria: disse que a campanha estava “brincando” com sua doença. O governador chegou a entrar na justiça questionando a propaganda. O juiz Maurício Fiorito disse que a publicidade “não extrapolou os limites da liberdade de expressão”. Ele determinou a retirada da propaganda do ar, mas por um motivo formal, e a campanha do tucano disse que voltará a veiculá-la.

Senado
O motivo para comemoração no PSDB vem da corrida para o Senado. A tucana Mara Gabrilli saltou 11 pontos na comparação entre agosto e setembro e agora ocupa a segunda posição. Eduardo Suplicy (PT) permanece na ponta. Mário Covas Neto (Podemos) é o terceiro colocado, seguido de Major Olímpio (PSL).

O crescimento de Mara não se explica pelo declínio dos adversários, e sim pela redução no número de eleitores indecisos ou que declararam voto branco ou nulo. Estes passaram de 35,1% para 25,2% do eleitorado.

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