Senadores da oposição avaliam que mesmo parlamentares contrários ao governo podem votar a favor do decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro, anunciado na sexta-feira (16) pelo presidente Michel Temer. A análise deve ocorrer ainda nesta terça-feira (20). Na madrugada, a medida foi aprovada na Câmara dos Deputados por 340 votos a favor, 72 contra e uma abstenção.
Crítico ao presidente Michel Temer, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) chegou a se posicionar a favor do decreto de intervenção, mas voltou atrás na segunda-feira (19). O senador diz que, inicialmente, acreditou que “não existia nenhuma outra alternativa à intervenção”, mas que, agora, percebe que “os termos do decreto são ofensivos à Constituição”.
Embora considere que a intervenção esteja “sendo utilizada de forma criminosa e eleitoral pelo presidente Michel Temer”, Randolfe prevê que setores da oposição devem votar a favor da medida. “Vai ter oposição, mas as chances de o decreto ser rejeitado são mínimas. Existe uma ampla base favorável a esse decreto.”
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Líder do bloco parlamentar que reúne bancadas críticas ao governo no Senado, como PCdoB, PSB e Rede, o senador João Capiberibe (PSB-AP) afirmou que o “tema é delicado” e hesitou ao dizer que se manifestaria contra o decreto. “Não é só no Rio de Janeiro que as facções criminosas dominam uma parcela importante da sociedade. É no Brasil todo. Eu estou avaliando [o decreto]. A maior probabilidade é que eu vote contra. Não, vou votar contra, sim. Não tenha dúvidas”, declarou à Gazeta do Povo.
Votação na Câmara
Na Câmara dos Deputados, a medida contou com o apoio de todos os integrantes do PDT presentes na sessão — legenda do pré-candidato ao Planalto Ciro Gomes —, de 25 dos 26 deputados do PSB e de três dos quatro parlamentares da Rede. As bancadas do PT, do PSOL e do PCdoB se posicionaram de forma unânime contra o decreto.
Na segunda-feira à tarde, o PSOL chegou a pedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendesse a votação do decreto de intervenção federal do Rio de Janeiro, mas a ação foi negada pelo ministro Celso de Mello.
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