O ato de filiação do deputado Jair Bolsonaro (RJ) ao PSL na quarta-feira (7) contou com discursos inflamados de diversos parlamentares em defesa da pré-candidatura à Presidência do atual vice-líder nas pesquisas. No entanto, não garantiu, ao menos não em um primeiro momento, adesão expressiva de novos nomes ao PSL.
Entre os congressistas que participaram do encontro na Câmara dos Deputados e declararam apoio a Bolsonaro estão os deputados federais Fernando Francischini (PR), Eder Mauro (PA) e Major Olímpio (SP) e o senador Magno Malta (ES).
Mas nenhum deles, à exceção de Francischini, indicou que irá ao PSL. Malta disse, em entrevista exclusiva ao blog A Protagonista, que permanecerá no PR. Olímpio (SD) e Mauro (PSD) afirmaram que ainda não tomaram uma decisão e que contarão com o prazo definido pela janela partidária, que vai até 7 de abril. Onyx Lorenzoni (RS), que não fez discurso mas foi mencionado por Bolsonaro e aplaudiu o colega de parlamento, também assegurou que não sairá de seu partido – o DEM, que, um dia depois da cerimônia para Bolsonaro, anunciou Rodrigo Maia (RJ) como pré-candidato a presidência.
“Eu pertenço ao Solidariedade. Vim dizer boa sorte ao meu amigo Jair Bolsonaro na pré-candidatura a Presidência da República pelo PSL. Logicamente, vou fazer uma avaliação do quadro político, e nós temos 30 dias para definir”, declarou Olímpio.
A janela partidária, inclusive, fez com que a filiação de Bolsonaro não tivesse caráter formal – os dirigentes do PSL optaram por sacramentar a mudança de partido apenas a partir de sexta-feira (9).
Vice e Senado
Magno Malta foi o político mais aclamado pelo público na cerimônia de quarta-feira – à exceção, claro, de Jair Bolsonaro. Foi recebido com gritos de ‘vice-presidente’ quando chegou ao plenário em que a cerimônia ocorreu, e as manifestações também apareceram ao final de seu discurso. Mas o parlamentar, apesar dos elogios, não sinalizou que pretende atender aos pedidos dos manifestantes. No discurso, disse que está em seu último ano do mandato como senador e que, por isso, a candidatura à reeleição é uma opção mais natural.
Segundo ele, o apoio do público se deve ao fato de que ele e Bolsonaro “têm as mesmas bandeiras de defesa da vida”. A sintonia, entretanto, não se repete na questão partidária: “eu permaneço no PR”, assegurou.
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