A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) encontrou cinco pendrives, barras de chocolate e uma tesoura na cela dividida entre o ex-senador Luiz Estevão e o ex-ministro José Dirceu. Os dois cumprem pena na Ala de Vulneráveis do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Anotações do ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso em outra cela, também foram apreendidas.
A operação de busca e apreensão, batizada de Bastilha, foi realizada nesse domingo (17). A polícia encontrou ainda uma anotação de José Dirceu pedindo para que Luiz Estevão conseguisse liberar a entrada de um visitante fora do horário permitido, além de documentos pessoais do ex-senador e de suas empresas guardados na biblioteca de uso comum. Todos os objetos serão analisados pela perícia.
LEIA MAIS: Bancada da Papuda: deputado nega queijo na cueca e se diz prejudicado por foro privilegiado
A investigação começou há quatro meses, após denúncias de que juízes e delegados estavam sendo ameaçados por detentos do sistema prisional. Embora as ameaças não tenham sido confirmadas, a polícia pediu mandados de busca e apreensão após suspeitas de que Estevão e Geddel recebiam benefícios no local.
“[A anotação de Dirceu] passa o recado de que Luiz Estevão tem alguma influência no presídio para conseguir esse tipo de visitação ou outras regalias. A gente recebeu informações de que ele seria o dono do presídio”, afirma o Diretor da Divisão de Repressão às Facções Criminosas, Thiago Boeing.
As suspeitas sobre o ex-senador são reforçadas pelo fato de que, enquanto Geddel Vieira Lima divide cela com outros dez detentos, Luiz Estevão compartilha o espaço apenas com o ex-ministro José Dirceu. Em média, cada unidade é ocupada por sete internos. A PCDF apura se algum agente penitenciário facilitou a entrada dos objetos proibidos no local.
Regalias
Em março do ano passado, a polícia também encontrou itens proibidos — como cafeteira elétrica, cápsulas de café, macarrão importado e chocolates — na cela de Luiz Estevão. Uma investigação do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) (PDF) apura ainda se o ex-senador pagou a reforma do bloco onde cumpre pena. Considerado “luxuoso”, o local tem vaso sanitário, paredes pintadas, cortinas, tapetes e pia de louça (veja fotos abaixo).
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião