O PMDB lançou, nesta terça-feira (22), o ex-ministro Henrique Meirelles como pré-candidato a presidente da República. A cerimônia que confirmou a indicação de Meirelles contou com a presença de pesos-pesados do partido – entre eles, o presidente da República, Michel Temer, que assim indicou desistir oficialmente de tentar a reeleição.
Meirelles se soma ao grande contingente de pré-candidatos a presidente. E quer se destacar em um campo já congestionado: o dos representantes de centro, onde figuram o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O blog A Protagonista conversou com apoiadores de outras candidaturas presidenciais e identificou que a indicação de Meirelles foi recebida com um misto de indiferença e desprezo. Entre as declarações politicamente corretas na linha do “todo partido pode lançar um nome” e as citações da dificuldade que é se apresentar como candidato de um governo impopular, a opinião geral é a de que Meirelles dificilmente será um adversário competitivo.
“Se fosse o voto só dos banqueiros, ele estava eleito. Mas tem muito mais bancário do que banqueiro”, ironizou o presidente do PDT, Carlos Lupi, apoiador de Ciro Gomes. A análise do senador Paulo Rocha (PT-PA), defensor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segue a mesma linha: “que legado ele vai defender? A impopularidade de 93%? Não tem competitividade nenhuma”.
Já o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, do partido de Geraldo Alckmin, pondera ainda que a candidatura de Meirelles pode não se concretizar. “Isso pode confluir, mais adiante, para uma candidatura [de centro], ou para algumas. Provavelmente, algumas delas no meio do caminho desaparecerão, ninguém sabe quais”, destacou.
Por outro lado, um defensor de Jair Bolsonaro, o deputado Capitão Augusto (PR-SP), comemora – por motivos estratégicos – a presença de mais um candidato na disputa. “Quanto mais dividir o voto dos demais é mais difícil alguém ultrapassar a votação do Bolsonaro”, disse.
O presidente do Novo, Moisés Jardim, não acredita que Meirelles pode tirar votos de João Amoêdo – o que seria possível, já que ambos são oriundos do mercado financeiro e dialogam bem com esse setor. “João vem com uma pegada mais de renovação, de colocar gente nova, de fazer diferente. E o Meirelles significa exatamente o contrário, é o que representa a política atual, a forma atual de se fazer as coisas”, apontou.
A maior ressalva apresentada em relação à candidatura de Meirelles foi apresentada pelo deputado federal Miro Teixeira (Rede-RJ), apoiador de Marina Silva: “é muito cedo pra se dizer qual será a performance do candidato. Às vezes é um candidato surpreende . É bom não subestimar. Por princípio, eu não subestimo ninguém”.
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