Enquanto o Brasil sofre com a crise de desabastecimento causada pela greve dos caminhoneiros, alguns pré-candidatos à presidência e seus partidos tentaram agir como se nada tivesse acontecendo e fizeram atos de campanha nos últimos dias.
O PT promoveu atos em diferentes cidades do país para marcar o lançamento da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que, ao menos no discurso oficial, prossegue como o nome do partido para a corrida presidencial. Os eventos não reuniram muita gente e, com as atenções nacionais voltadas para a crise, acabaram esquecidos pela imprensa e pelo meio político.
O baixo ibope dos eventos não foi a única complicação para o PT nesta segunda-feira. A reportagem que revela as dificuldades vividas pela presidente da legenda, senadora Gleisi Hoffmann (PR), também repercutiram bastante: o texto destaca que a parlamentar sofre pressões para definir os rumos do partido na eleição presidencial e também que Gleisi será candidata a deputada federal nas eleições desse ano, abrindo caminho para o apoio a Roberto Requião (PMDB).
Já o PSDB destacou nas redes sociais trecho de entrevista em que o pré-candidato do partido, o ex-governador Geraldo Alckmin, atacou tanto Lula quanto o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ). “O Bolsonaro e o PT é a mesma coisa, é corporativismo puro. Não tem interesse coletivo, é defesa de corporação”, disse o tucano. A escolha do trecho reflete uma tentativa do PSDB em fazer Alckmin subir nas pesquisas e encontrar para ele um espaço entre Lula e Bolsonaro, líderes na disputa até o momento.
Bolsonaro, por sua vez, foi o pré-candidato que se posicionou de modo mais incisivo em relação à greve. Declarou apoio aos caminhoneiros, disse que punições a eles seriam “anuladas no governo de um presidente patriota” e aproveitou o embalo para criticar as urnas eletrônicas: “o voto impresso é o antibiótico que poderá mudar os destinos do Brasil”.
Já a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) se posicionaram de maneira mais discreta. Ambos criticaram o governo de Michel Temer: a pré-candidata atacou o uso das forças armadas para desbloquear as estradas, e Ciro contestou a política de preços adotada pela gestão de Pedro Parente na Petrobras.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião