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O eleitorado de São Paulo está escolhendo de um jeito seus candidatos para o governo do estado e de outro, bem distinto, seus nomes para a Presidência da República. O cenário, já identificado em diversos levantamentos divulgadas ao longo do ano, foi reforçado com levantamento do Paraná Pesquisas publicado nesta sexta-feira (31).

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Quem lidera a corrida presidencial no estado são Jair Bolsonaro (PSL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que registram 21,9% e 21,8%, respectivamente. Porém, os candidatos de ambos ao governo estão mal. Luiz Marinho (PT) é o quarto colocado, com 5,1%, e o bolsonarista Rodrigo Tavares (PRTB) vai ainda pior: tem 0,9% e é o antepenúltimo na lista.

Há também o descompasso na mão inversa, que é o caso do MDB. O candidato do partido ao governo é Paulo Skaf, que tem 22,1% e só está atrás de João Doria (PSDB). Já o nome emedebista para o Planalto, Henrique Meirelles, registra apenas 1% em São Paulo.

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Até no PSDB, que tem nomes competitivos tanto para o governo paulista quanto para a Presidência da República, há um desencontro. Doria aparece com 27,7% e Geraldo Alckmin (PSDB) fica com 14,9% e a terceira posição no estado.

Tempo
A aposta de quem está mal é que o tempo que falta até a eleição poderá mudar o cenário.

Rodrigo Tavares alega não ser conhecido da população e crê que a sintonia com Bolsonaro o trará votos: “ainda não estou midiaticamente exposto. O horário eleitoral está para começar [começou na sexta, 31, um dia após a entrevista], a internet tem me dado um indicativo muito forte de que esse movimento está acontecendo. Os votos ‘do Rodrigo’ são votos que vão migrar da base do Bolsonaro. O Bolsonaro é uma grande oportunidade para as pessoas terem acesso à minha candidatura”.

O reforço na “cola” entre as candidaturas aparece também como estratégia para o PT. “Nós precisamos casar as candidaturas do Lula e do Marinho. É isso que vai fazer com que o Marinho melhore nas pesquisas e vá para o segundo turno. Acho que é uma questão de tempo e de associação”, diz o presidente do PT paulistano, Paulo Fiorilo.

Além de Lula, Fiorilo cita o vereador Eduardo Suplicy como uma forma de puxar votos para o partido, e não apenas na disputa para o governo. Enquanto Suplicy lidera a corrida para o Senado, o também petista Jilmar Tatto figura entre os últimos. “Suplicy é um cabo eleitoral importante”, acrescenta Fiorilo.

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Rejeições
Um dos nomes mais influentes do PSDB, o deputado federal Silvio Torres acredita que a ampliação do conhecimento das candidaturas não trará apenas bons resultados aos políticos. Com a exposição, avalia o tucano, os candidatos poderão ser atingidos pela ampla rejeição que acomete os partidos.

“A rejeição do PT é muito alta aqui no estado, e isso é uma barreira para o Luiz Marinho. Quanto ao Skaf, na hora em que ele for ligado ao PMDB, que tem uma rejeição alta em São Paulo, também deve cair”, aposta.

De fato, a campanha de Skaf se mostra no mínimo desinteressada em se aproximar tanto de Meirelles quanto da principal figura do partido, o presidente Michel Temer. A página oficial do candidato no Facebook não faz nenhuma menção nem a Meirelles e nem a Temer, e o primeiro vídeo de campanha do candidato, divulgado na sexta (31), não mostra nem a marca e nem as cores do MDB.

* Pesquisa para o governo do estado de São Paulo realizada pelo Paraná Pesquisas de 25/ago a 30/ago/2018 com 2000 entrevistados (São Paulo). Contratada por: INSTITUTO PARANA DE PESQUISAS E ANALISE DE CONSUMIDOR. Registro no TSE: SP-02378/2018 . Margem de erro: 2 pontos percentuais. Confiança: 95%.

* Pesquisa para a Presidência da República em São Paulo realizada pelo Paraná Pesquisas de 25/ago a 30/ago/2018 com 2000 entrevistados (São Paulo). Contratada por: INSTITUTO PARANA DE PESQUISAS E ANALISE DE CONSUMIDOR. Registro no TSE: BR-08470/2018 . Margem de erro: 2 pontos percentuais. Confiança: 95%.

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