O PSB encerra no sábado (3) seu Congresso Nacional, em Brasília, com um clima de união e desentendimento ao mesmo tempo.
A união aparece na reeleição do presidente do partido, Carlos Siqueira, que será feita por meio de chapa única. Outra demonstração de consenso vem do suporte que o partido tem demonstrado a Márcio França, vice-governador de São Paulo e pré-candidato à eleição paulista de outubro.
Já o racha se refere à disputa presidencial. O PSB vai encerrar esse Congresso, em relação à sucessão de Michel Temer, do mesmo jeito que começou: sem definir o que vai fazer na eleição. O partido tem diversas possibilidades sobre a mesa: uma é apoiar Geraldo Alckmin (PSDB), o que garantiria, por reciprocidade, aliança dos tucanos com Márcio França em São Paulo. Outra é aproximar-se do PT ou de outra legenda de esquerda. Há a ideia de não participar a disputa. Por fim, a candidatura própria.
Caso fosse feita a escolha pelo candidato próprio, as indefinições persistiriam. O PSB fez um convite formal ao ex-ministro Joaquim Barbosa, ainda no ano passado, e aguarda a resposta. Um nome que se colocou dentro do partido é o do ex-deputado Beto Albuquerque, do Rio Grande do Sul, que foi vice da Marina em 2014. E há ainda Aldo Rebelo, ex-ministro do governo Lula, que se filiou recentemente à legenda.
Líder do PSB na Câmara, Júlio Delgado (MG) entende que o partido só deve lançar candidato à Presidência “se a candidatura for viável” – ou seja, de um nome nacionalmente já conhecido, como o de Joaquim Barbosa. “Não adianta nada lançar candidatura para somar 1% dos votos. Um partido que obteve 14% com a Marina Silva quatro anos atrás não pode regredir”, disse.
Joaquim Barbosa não apresentou um prazo para dar sua resposta definitiva ao PSB. A data limite para filiação de quem quer disputar as eleições de 2018 é 7 de abril.
Nos estados
As correntes no PSB que advogam a neutralidade no plano federal – seja com a não-candidatura à Presidência, seja com uma candidatura isolada – defendem o posicionamento por entenderem que, dessa forma, as lideranças estaduais poderão montar seus palanques da maneira que acharem mais conveniente.
“O PSB não tem, hoje, nenhum nome com densidade eleitoral para disputar [a Presidência], e os projetos principais realmente são os de governo. Ter um palanque regional forte para que a gente possa ter a liberdade das coligações”, afirmou o deputado federal Rodrigo Martins (PSB-PI).
O PSB governa hoje o Distrito Federal, a Paraíba e Pernambuco. Além de Márcio França em São Paulo, outra candidatura de peso que o partido deverá apresentar em 2018 é a do ex-prefeito Márcio Lacerda, que concorrerá ao governo de Minas Gerais.
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