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O programa eleitoral que o PSD veiculou nesta quinta-feira (21) pode ser interpretado como um lançamento informal da pré-candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, à Presidência da República. A peça é protagonizada em quase sua totalidade por Meirelles – a única outra pessoa do partido que aparece é a ex-prefeita de São Paulo Alda Marco Antonio, que falou pelas mulheres do partido.

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A divulgação do nome de Meirelles à população é mais uma iniciativa do ministro em se posicionar como candidato governista nas eleições do ano que vem. Ele tem, no entanto, um adversário de expressão – o próprio presidente Michel Temer, que tem estudado concorrer à reeleição.

“O presidente tem trabalhado muito para acertar o país. Eu acho que, ao pensarmos na possibilidade de o PMDB ter um nome próprio para candidato, com certeza que a gente tem que pensar no nome dele como perspectiva”, disse ao blog o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB-ES), que também mencionou como presidenciável o governador do seu estado, Paulo Hartung, também do PMDB.

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Já o senador Sérgio Petecão (PSD-AC), também em entrevista exclusiva ao blog A Protagonista, disse ver com bons olhos a possível candidatura de Meirelles. “Ele tem o perfil do candidato que nós estamos precisando. Se o partido indicar o nome dele, eu estou junto”, declarou.

Tanto Meirelles quanto Temer – ou qualquer outro nome ligado ao governo – precisariam superar a desconfiança do eleitorado, caso queiram ser considerados competitivos no ano que vem. O último levantamento do Datafolha para as eleições presidenciais de 2018 indicou que Michel Temer é o candidato mais contestado pelos brasileiros, com 71% de rejeição. Já Meirelles tem intenções de voto que variam entre 1% e 2%, de acordo com os cenários mensurados.