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A menos de um mês para o prazo final do registro de candidaturas, partidos políticos de Santa Catarina seguem buscando alianças para compor as chapas. As indefinições ainda são evidentes, por exemplo, nos nomes dos vices que concorrerão para o governo do estado.

A união com partidos é importante para o desejado tempo de rádio e televisão, bem como no bolo do fundo partidário.

Em Santa Catarina, Democratas, MDB, PSD, PSDB, PSOL, PP, PR e PT pretendem lançar nomes para o executivo do estado com convenções agendadas entre os dias 21 de julho e 5 de agosto. Da lista de partidos, o PSD – que conta com 12 siglas em seu projeto – deve começar as definições mais cedo.

A novidade mais recente vinha do MDB, que há menos de um mês bateu o martelo pelo nome do deputado federal Mauro Mariani com a desistência do atual governador Eduardo Pinho Moreira.

Com isso, o sonho dos emedebistas está em fechar coligação com o PSDB, mas o senador Paulo Bauer – como já adiantado aqui em ‘A Protagonista’ – não abre mão da disputa. “Sou pré-candidato, o meu partido já me apresentou como tal. Estou com muita disposição de ouvir a sociedade, conhecer as prioridades e apresentar as propostas para atender os desejos e as aspirações do povo catarinense”, disse em entrevista exclusiva ao blog.

 

A mais recente pesquisa eleitoral catarinense, divulgada pela RICTV, mostra o tucano liderando as intenções em concorrência com Pinho Moreira ou Mauro Mariani do MDB. Bauer apenas ficaria em segundo lugar em uma eventual disputa com Esperidião Amin, do PP.
No entanto, mesmo com a vontade de Esperidião voltar a governar Santa Catarina, seu partido está quase totalmente inclinado a apoiar o PSD, que lançará Gelson Merísio. Para ele, a disputa ao Senado é uma opção.

 

Pesquisas e o dilema catarinense
Mas o fato é que o estado tem relações divergentes do que se apresenta nos números e nos votos reais, como o que ocorreu na disputa ao Senado Federal em 2002. O levantamento do Ibope, em setembro daquele ano, mostrava a vitória de Paulinho Bornhausen, então no PFL, com 32% e Casildo Maldaner, do então PMDB, com 24%.

Na prática, o resultado todo se inverteu e a escolhida com mais de 1 milhão de votos foi Ideli Salvatti, do PT, que era apenas a sexta colocada na pesquisa. A outra cadeira ficou com o tucano Leonel Pavan, o terceiro do levantamento. Bornhausen e Maldaner foram apenas quarto e sexto colocados, respectivamente.

Alguns players importantes de Santa Catarina foram questionados pelo blog se há a preocupação do fantasma das pesquisas voltar a rondar. Para o pré-candidato ao governo, Paulo Bauer, o povo catarinense é muito politizado com presença forte no processo político e eleitoral. “Aqui sempre se decide por pequena presença de votos, mas é preciso prestar atenção não só na pesquisa, mas no desejo da população. Em todos os níveis, aqui será muito disputado”, comentou.

Para Raimundo Colombo (PSD), ex-governador que renunciou em abril para concorrer ao Senado, o fenômeno pode ocorrer principalmente agora que há dois candidatos, enquanto na esfera nacional, ainda virá realidade e bom senso. “Essa eleição é imprevisível em todos os aspectos, pois os eleitores não querem o velho, mas o novo ainda não veio. As pesquisas ainda não definem uma tendência e há um processo difícil de entender. Há pessoas que têm governos bem avaliados e que estão embaixo na pesquisa, e pessoas que não são conhecidas e não têm estrutura que figuram em cima”, aponta, citando o cenário nacional.

O governador Eduardo Pinho Moreira, por sua vez, demonstra preocupação com o impacto que a maquiagem eleitoral e as fake news possam dar aos números. “Mas a pesquisa eleitoral demonstra o momento e modifica muito com o andamento e empatia do candidato com a sociedade”, conclui.

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