O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Tarcisio Vieira afirmou que, apesar das críticas, a Justiça Eleitoral tem se empenhado em implementar a votação impressa em todo o país.
“O TSE não resiste um milímetro sequer à vontade soberana do Congresso Nacional. O Tribunal recebeu com muita serenidade e humildade essa decisão política”, afirmou em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na terça-feira (13).
Um novo pregão para compra das 30 mil impressoras que serão usadas nas eleições de outubro foi aberto na semana passada depois que a primeira licitação acabou encerrada sem classificados.
A Corte prevê que a implementação do voto impresso seja concluída em 10 anos ao custo de R$ 2 bilhões. Apesar do Orçamento atual, que destina R$ 250 milhões para compra dos módulos de impressão, senadores que participaram da sessão sustentaram que o Congresso pode remanejar recursos.
Juíza auxiliar do gabinete da presidência do TSE, Ana Lúcia de Aguiar alertou que a implementação do voto impresso em todas as urnas eletrônicas poderia comprometer o resultado das eleições.
“O TSE fez, tanto com urna eletrônica quanto com a biometria, uma implantação gradual pela necessidade de testes. [Se a impressão fosse feita integralmente], problemas em um aparelho significaria 500 mil problemas, o que poderia colocar em risco inclusive as eleições de 2018.”