Romário em primeiro, “nenhum” em segundo. Este é o resultado em todos os cenários para governador do Estado no levantamento feito pela Paraná Pesquisas entre os dias 14 e 19 deste mês. É importante ressaltar que o segundo colocado é o não-candidato, a rejeição a todos os que foram oferecidos, algo diferente da opção de quem ainda não sabe ou não decidiu, registrada de forma separada.
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A candidatura mais alardeada pela mídia nacional, a da filósofa Márcia Tiburi, pelo PT, se confunde entre os nanicos e fica atrás do professor Tarcísio Motta, do PSOL, que é deputado estadual atuante e tem história na política do Rio de Janeiro.
O Estado é o que deveria ter mais novidades na substituição do governador, já que teve parte de sua cúpula política colocada atrás das grades na Lava Jato devido a escândalos que desviaram dinheiro da saúde pública cambaleante para a compra de jóias, móveis caros, viagens e artefatos de luxo. No entanto, são os mesmos nomes de sempre que povoam o imaginário do eleitor.
Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio de Janeiro, voltou de uma temporada trabalhando no exterior para tentar o governo do Estado pelo Democratas. Pode enfrentar nas urnas o ex-governador Anthony Garotinho, que parece recuperado tanto do episódio que o fez ter um ataque numa ambulância quanto do programa interrompido ao vivo para sua prisão.
A votação dos dois é parecida e o fiel da balança pode ser o atual prefeito da capital, Marcelo Crivella, que tende a apoiar Garotinho para ficar contra Paes, ignorando a candidatura de seu ex-secretário (e ex-secretário de Pezão) Pedro Fernandes, que transita entre os nanicos no mesmo nível de Márcia Tiburi.
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A convenção do PRB é neste sábado e o partido espera ter, em troca do apoio dado a Garotinho, a retribuição para seu candidato ao senado, Eduardo Lopes, que já ocupa a cadeira deixada pelo prefeito Marcelo Crivella. Não será fácil: ele deve enfrentar nas urnas Flávio Bolsonaro e Chico Alencar, que são nomes fortes com públicos diferentes e consolidados.
A presença ou não de Anthony Garotinho na disputa pouco afeta a intenção de voto do eleitorado do Rio de Janeiro. A primeira intenção é Romário e a segunda é nenhum. Eduardo Paes tem um discreto crescimento com a saída de Garotinho. Índio da Costa puxa a fileira dos nanicos, que permanece inalterada, tendo como única surpresa a presença de um petista.
Romário tem ainda a vantagem de ter a menor rejeição (47,6%) entre todos os candidatos, apesar de ser muito mais conhecido do que Índio da Costa e Tarcísio Motta. O mais rejeitado pela população é o ex-governador Anthony Garotinho, com 72,5%.
Está aí um cenário que nem o mais perspicaz analista esportivo seria capaz de prever.
METODOLOGIA
A pesquisa foi feita de 14 a 19 de julho de 2018, com 1860 pessoas em 46 municípios do Estado do Rio de Janeiro presencialmente, mostra a intenção de voto dos fluminenses no primeiro turno das eleições para Governador do Estado do RJ também aponta a avaliação sobre o desempenho do governo estadual, o grau de confiança no presidente Michel Temer e a aprovação do governo em nove áreas de atuação, entre elas, saúde, educação, segurança pública e combate à fome e ao desemprego. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número RJ-06304/2018. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou menos.
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