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O presidente nacional do PDT, ex-ministro Carlos Lupi, afirmou nesta quinta-feira (7) que o empresário Benjamin Steinbruch “está dentro do perfil de vice” que a legenda espera para a chapa encabeçada por Ciro Gomes na corrida presidencial.

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“Ele é um empresário nacional de sucesso, e com a sua formação histórica dentro de São Paulo. Então, está dentro, sim, do perfil que a gente imagina para a possibilidade de ser um vice”, declarou Lupi. O ex-ministro ressalva, no entanto, que a escolha do vice de Ciro Gomes é algo que ainda está na “fase da especulação”, e que a prioridade dos pedetistas “é fechar a aliança com o PSB”.

O nome de Steinbruch para compor a chapa de Ciro é especulado desde abril, quando o empresário se filiou ao PP, e ganhou força após ele se desincompatibilizar, na quarta-feira (6), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), da qual era vice-presidente.

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Steinbruch já foi elogiado publicamente por Ciro Gomes em diferentes ocasiões. Em 10 de maio, o pré-candidato disse que o empresário “responde perfeitamente” ao que ele espera de um vice. Antes, em 27 de abril, Ciro havia falado que gostaria de ter um vice “do setor produtivo” e “do Sudeste” – características que se encaixam no perfil de Steinbruch.

O empresário cogitado para ser candidato a vice não tem, até o momento, carreira política partidária. Tanto que sua filiação ao PP se deu próxima ao prazo final estabelecido para os candidatos que desejam disputar as eleições de 2018.

Apoio “progressista”
Caso a aliança entre Ciro e Steinbruch se consolide, representará também a adesão de um novo partido ao projeto do PDT – o PP, que, embora não costume ser competitivo nas corridas presidenciais, é o quarto em número de filiados e tem uma bancada de 48 deputados federais.

Tal porte representa também um acréscimo considerável de tempo de televisão. Por outro lado, o PP é o partido com mais citados na operação Lava Jato e viu recentemente seu presidente, o senador Ciro Nogueira (PI), ser alvo de uma operação de busca por parte da Polícia Federal.

O ex-ministro Carlos Lupi desdenha as implicações negativas que as acusações contra o possível futuro aliado podem representar. “Eu sou da escola brizolista. O Brizola dizia uma coisa que eu nunca esqueço: nada nos contamina. Quem tem convicção, quem tem ideias, projetos, não tem que saber quem está do lado. Tem que abraçar e seguir em frente”, destacou.

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