| Foto:

Os músicos catarinenses Augusto Pacheco e Paulo Souza, criadores do canal Hipócritas, que participaram do programa A Protagonista nesta terça-feira (20), falaram sobre o sucesso que têm alcançado com o seu humor assumidamente anti-politicamente correto. Com vídeos que satirizam o código penal brasileiro, o PT e a esquerda, eles alcançaram um número de assinantes superior a 290 mil membros.

CARREGANDO :)

“A internet trouxe a possibilidade, a oportunidade de mostrar essa diferença. Na TV, aberta ou fechada, não teríamos como mostrar o nosso trabalho”, disse Pacheco.

Para Souza, a produção dos Hipócritas atendeu a um público que não se via representado pela produção cultural, que segundo ele é marcada pelo exagero na adesão ao politicamente correto. “Os amantes da boa cultura cansaram de ter que engolir o que é politicamente correto e dizer ‘isso é bom'”, falou.

Publicidade

Ele fez um paralelo entre o sucesso do humor politicamente incorreto e a fábula “A nova roupa do Imperador”, que conta a história de um monarca que, enganado por um charlatão, caminha nu pelo seu reino por acreditar que usa um traje que “só os inteligentes podem ver” – e que não é contestado por nenhum súdito, que não quer se declarar publicamente como não-inteligente. “Mas quando um começou a falar, a situação mudou. É um pouco o que estamos vendo agora com essa reação ao politicamente correto”, explicou.

O grupo destaca como principais sucessos o vídeo “Bolsomito”, que é uma paródia da música “Despacito” com referências ao deputado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ), e a “Farmácia de Manipulação”, que ironiza os resultados das pesquisas do Datafolha. Eles também destacam o “Policial politicamente incorreto”, que descreve uma reação policial “pacífica demais” contra bandidos armados.