((atualização das 17h03))
A pressão de organizações humanitárias internacionais e de deputados da Assembleia Nacional, que se postaram incansavelmente no morgue onde estavam os corpos de Óscar Pérez e dos líderes rebeldes assassinados pelo regime de Nicolás Maduro fez com que se desistisse da ideia inicial do governo da Venezuela: a cremação.
Mas não foi possível conseguir a liberação dos corpos para que as famílias fizessem cerimônias fúnebres e sepultamentos.
Nicolás Maduro decidiu sepultar Óscar Pérez e todos os demais rebeldes assassinados sem velório, sem cerimônias religiosas e, na maioria dos casos, sem a presença da família.
Todos foram sepultados em caixões iguais no Cementerio del Este, famoso em Caracas pela arquitetura e por abrigar túmulos de personalidades da política e do mundo artístico.
Apenas alguns familiares puderam entrar, levados para dentro do cemitério pela Guarda Nacional Bolivariana em carretas. Os demais, incluindo os de Óscar Pérez, foram impedidos por bloqueio das tropas.
Não há justificativa formal para impedir a participação dos familiares nas cerimônias fúnebres ou a liberação dos corpos. Os oficiais da GNB disseram às famílias que era por “questões sanitárias”, sem especificar.
A esperteza é bicho que come o dono. Nicolás Maduro pode ter criado um mártir e um local de peregrinação para o povo que massacra e persegue