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Desde que um Whatsapp do Palácio do Planalto, comumente usado para divulgação de atos institucionais e informações do Governo Federal, divulgou um vídeo pró-golpe militar no final de semana, uma lacuna de questões ficou no ar, como por exemplo, quem teria financiado e quem teria produzido a peça?

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O governo, até então, apenas havia confirmado que enviou o material pela sua rede, sem outras explicações.

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Na tarde desta terça-feira, no entanto, o pai da criança apareceu. Osmar Stábile, empresário de São Paulo, conhecido por ser atuante no Corinthians, clube que foi vice-presidente e é conselheiro vitalício, assumiu ter financiado e produzido o vídeo.

No entanto, em nota divulgada por seu advogado, o vídeo foi feito para circular apenas em um grupo restrito de amigos, também via Whatsapp.

O advogado Piraci Oliveira garante que não foi usado nenhum recurso público para a execução da peça, bem como tampouco sabe como o material foi parar nas mãos do governo, sendo veiculado em tal canal.

O comunicado informa ainda que o empresário é diretor-presidente da Bendsteel Indústria e Comércio Ltda., não tem ligação com o governo, e acrescenta: “Como cidadão, quite com suas obrigações constitucionais e legais, tenho o total direito de expor minha opinião de foram livre. Sou um patriota e entusiasta do contragolpe preventivo (pois é assim que boa parte que os historiadores sem ideologias pré-concebidas enxergam ‘1964’)”.

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O blog também tentou contato com Paulo Amaral, ator que protagoniza a peça. Ele disse que toda forma de contato deveria ser feita com o advogado Piraci.

Antes, porém, chegou a dizer ao jornal ‘O Globo’ que foi contratado no sábado para fazer um comercial, como muitos que já fez em sua carreira.

Isso é bem verdade. Em suas redes sociais encontramos vários trabalhos publicitários e de dramaturgia feitos pelo ator.

Ele protagoniza, inclusive, uma peça publicitária do Banco do Brasil de 2011, à época em que a petista Dilma Rousseff era presidente.

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E, procurando mais a fundo, identificamos que tempos depois, também participou de uma campanha do PRB.

O PT entrou com ação pedindo responsabilidade do presidente Bolsonaro sobre a divulgação do vídeo, bem como de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, por ter compartilhado a peça.