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Nova Economia com João Kepler

Nova Economia com João Kepler

Como entender os novos negócios e a nova economia, transformando a mentalidade do empresário da economia tradicional.

Boas oportunidades

Apesar da crise, investidores continuam apostando em startups

(Foto: Freepik)

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Em tempos de crise, muitas pessoas acabam, por medo ou desinformação, optando por se retrair e não percebem que são justamente em momentos assim que boas oportunidades podem aparecer, principalmente quando o assunto é investimento.

Em uma pesquisa realizada pela Gávea Angels no último mês, mais da metade dos entrevistados afirmam que, segundo suas estimativas e expectativas, a crise da Covid-19 irá durar aproximadamente seis meses.

Mas o dado mais interessante e que merece destaque é o fato de que 44,9% dos participantes disseram que sua pré-disposição em investir em startups não se alterou neste período que estamos vivendo. Além desta opção de resposta, duas outras estavam disponíveis: se a pré-disposição aumentou ou diminuiu. Ou seja, praticamente metade dos entrevistados entende que a crise em função do coronavírus não impacta sua decisão de investir ou não em bons negócios. 

Além disso, 75,5% dos participantes disseram que consideram a crise uma oportunidade para encontrar deals mais “baratos” e que os valuation que estavam inflacionados provavelmente vão chegar no preço real neste período.

Apontaram ainda que este se torna um bom momento para investir em startups da área da saúde e negócios relacionados a telemedicina, aprovados e regulados. Segundo a opinião de quem participou da pesquisa, inteligência artificial e healthtechs são as áreas que terão mais oportunidades com a chegada do novo coronavírus.

Indagados sobre porque sua pré-disposição em investir em startups subiu ou não se alterou, os argumentos são fundamentados e mostra que boa parte dos investidores realmente entende o que está fazendo.

Dentre eles estão novamente a descoberta de novas oportunidades de negócios, afinal, o que não irá faltar são novos problemas para resolver e querer fazer parte disso e estar próximo é o desejo dos verdadeiros investidores em startups. Além da estratégia de alocação de capital e da relação risco x retorno (com base em outras classes e ativos).

É evidente que o momento exige mais cautela que nunca, mas que os motivos apresentados acima mostram também que boas oportunidades estão disponíveis e que crises, por mais avassaladoras que sejam, são passageiras.

A meta básica de todo investidor é ganhar um retorno acima de inflação. Mesmo assim, atingir essa meta pode ser difícil utilizando as opções tradicionais. Investimentos em startups são a médio e longo prazo, ou seja, se tiver dinheiro disponível para fazê-lo este momento pode representar uma excelente oportunidade de investimento.

O fato é que a crise abre um cenário positivo para as startups. Sem dizer que investir em uma startup é acreditar em um produto ou serviço que deve existir para facilitar a vida de muita gente por oferecer uma maneira inovadora de fazer alguma coisa. Ou seja, esta é uma oportunidade para os investidores participarem ativamente deste processo de construção e solução de novos problemas que vamos enfrentar.

Perceba que no geral as startups de tecnologia crescem em meio as crises, multiplicando o número de clientes e investidores a procura de lucro a longo prazo.

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