Os melhores empreendedores são aqueles que têm total consciência e domínio do seu próprio eu. Sabem enxergar e aceitar seus defeitos, virtudes, crenças e limites. Reconhecem onde estão e se desafiam o tempo todo para melhorar sempre e continuar evoluindo. Pensam dentro e conhecem profundamente a própria caixa, passo fundamental antes de querer pensar fora dela.
E é claro que nem sempre essa é uma tarefa fácil, motivo que explica tanta gente “perdida” no mundo sem sequer saber reconhecer seu próprio potencial. Além disso, este exercício geralmente envolve resistência em identificar e aceitar, principalmente, o que não lhe agrada muito. Destacar as qualidades e enumerar o que você consegue fazer é fácil, lidar com o que você não consegue ou não sabe fazer, e com os defeitos que tem, é o grande desafio.
Costumo dizer sempre que, antes de entender de negócios, é preciso entender de gente. Muitos empreendedores pecam por achar que estão lidando com máquinas e não colaboradores ou consumidores do outro lado.
A autoaceitação e o autoconhecimento te fortalece e evita que você lute contra si mesmo e desprenda a energia que poderia ser usada para fazer seu negócio crescer, por exemplo, ou impulsionar novas ideias. Você só cresce quando é capaz de se colocar no lugar do outro, de desenvolver a sensibilidade de ouvir e aceitar críticas e erros, de entender o que precisa mudar e, principalmente, o porquê de ter que mudar certas ações ou atitudes. Ninguém mais compra a ideia de “pessoa perfeita”, “empreendedor completo”, então não tente passar o que não existe, seja no trato com um cliente ou um investidor, a verdade é a melhor moeda de troca nos dias de hoje.
Desperte, experimente respeitar suas próprias fraquezas e limitações. O primeiro passo talvez seja encarar de frente o que mais te assusta. Você saberia dizer qual é o seu fosso? Sabe por que os castelos medievais tinham fossos? Aquela escavação profunda no seu entorno cheia de água chamado de moat (fosso em português) não era projetado para entretenimento ou decoração, mas sim como uma forma bastante inteligente de proteger o castelo dos ataques de inimigos. Já os castelos sem fossos eram mais vulneráveis a ataques vindos de baixo.
Ou seja, esse moat era uma grande vantagem interna (em relação ao sentimento de proteção e autoconhecimento que ali era simbolizado através de uma condição que poderia ser explorada no bom sentido da palavra) e externa (de poder), sendo que a prática durou por décadas.
Ao trazer o termo e seu significado para os dias de hoje, no mundo dos negócios, a palavra moat significa diferencial competitivo. Então qual é o seu moat? O que você faz que te protege e separa você da concorrência? Qual o seu diferencial competitivo? Mais ainda, você é capaz de responder a essas perguntas ou ainda está lutando contra si mesmo?
Deixe sua opinião