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Mesmo com a catástrofe econômica e social da Venezuela, as ideologias socialistas ainda sobrevivem no Brasil. Não é incomum professores de história, geografia e literatura propagarem ideias marxistas na cabeça dos estudantes. Nas escolas, em cursinhos pré-vestibulares e faculdades, o socialismo ainda faz sucesso em pleno século XXI.
Tenho certeza de que o leitor já foi alvo de doutrinação ideológica em algum momento da sua vida acadêmica (ou de seus filhos).
Recentemente, viralizou nas redes sociais um vídeo de estudantes universitários cantando uma música com o seguinte refrão: “sou do levante, tô com maduro”. O vídeo é horroroso, e mostra a decadência do ensino universitário. Infelizmente, a cena não é exceção na vida acadêmica brasileira.
É espantoso como muitos estudantes, professores, políticos e partidos ainda apoiam o regime venezuelano, apesar de toda destruição econômica produzida pela ditadura bolivariana socialista.
Desde 2014, o PIB da Venezuela caiu 70%, a inflação acumulou alta de 6.042.231.313.050% (mais de 6 trilhões!), e a taxa de desemprego chega a quase 40% (último dado do mercado de trabalho é de 2018 do FMI).
Esses indicadores resumem a capacidade da esquerda de destruir um país. Hoje, a Venezuela conta com 95% da população abaixo da linha da pobreza, e quase 8 milhões de pessoas já deixaram o país.
O Brasil financiou a ditadura
Para nós, brasileiros, a tragédia se torna ainda maior, porque os governos petistas não só apoiaram Hugo Chávez e Nicolás Maduro, como também ajudaram a financiar a ditadura bolivariana com empréstimos do BNDES, subsidiados com os impostos pagos pelo povo brasileiro.
De outro modo: nosso dinheiro serviu para sustentar as mordomias e luxos do establishment chavista, enquanto a polícia política de Maduro prendia e matava opositores, e a ditadura produzia miséria e caos econômico.
Esse apoio não ocorreu apenas no passado, mas no presente – e não apenas com a Venezuela. Recentemente Maduro foi recebido no Brasil com tapete vermelho pelo governo Lula. Na ocasião, Lula relativizou a ditadura de Maduro, dizendo que a “democracia na Venezuela era relativa”. A fala causou indignação de muitos brasileiros.
Nesta semana, o apoio continuou. Lula disse que a eleição venezuelana foi normal, apesar de todas as evidências de fraude, perseguição política, inclusive com prisões e assassinatos. Na mesma linha, o PT, partido do presidente, sustentou oficialmente a lisura do pleito e a vitória de Maduro.
Evidentemente, se perguntarmos para os aliados de Maduro como conseguem apoiar um regime que só gerou miséria e mortes, já sabemos a resposta. Provavelmente, vão dizer que a culpa é do imperialismo americano, do fascismo, do Bolsonaro, do capitalismo, da queda do preço do petróleo, do Trump, e por aí vai…
As mesmas desculpas absurdas, sem lastro na realidade, são utilizadas para justificar o fracasso perpétuo dos regimes comunistas.
Nunca o fracasso socialista é culpa do próprio sistema, que não permite liberdade de expressão, não respeita o direito de propriedade, não premia a meritocracia – ao contrário, favorece apenas os amigos do rei -, e afronta os direitos políticos e civis da população. Esse conjunto de características presentes nos regimes socialistas, invariavelmente levam à geração de miséria e mortes.
É claro que os jurássicos marxistas vão dizer que, na verdade, o comunismo fracassou porque nunca foi bem aplicado. É a desculpa cínica e perfeita para implementar sempre um projeto totalitário, que só favorece a burocracia estatal, detentora do poder de fato, na exploração de toda a sociedade.
A culpa do fracasso econômico e social da Venezuela não é exclusivamente de Maduro, mas de um sistema político-econômico que é uma fábrica de produção de ditadores, como Chávez e Maduro.
É bom lembrar - antes que a militância progressista e socialista comece a se limpar, fazendo críticas a Maduro - que o socialismo bolivariano não começou com o atual ditador, mas com Hugo Chávez.
Chávez foi viabilizado com o apoio moral e financeiro da esquerda brasileira nos bastidores do Foro de São Paulo.
Em outras palavras, Maduro é um subproduto de uma ditadura de esquerda que teve apoio de acadêmicos, de jornalistas, do PT, de Lula e de Dilma
Não adianta agora apagarem o passado, porque há inúmeros vídeos registrando esse suporte moral e ideológico.
É até possível burlar eleições, mas ainda não é possível fraudar a nossa memória, que recorda o apoio de parte da esquerda brasileira ao chavismo. Aliás, a maior prova de fraude nas eleições venezuelanas é um simples questionamento: qual presidente seria reeleito com inflação acumulada de mais de 6 trilhões, queda do PIB de 70% e desemprego de 40%? Acho que nenhum povo no universo é tão masoquista a este ponto.
Conteúdo editado por: Aline Menezes