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A cruzada moralizante de Modesto Carvalhosa

Jurista Modesto Carvalhosa é o primeiro entrevistado do Imprensa Livre na Gazeta do Povo (Foto: Marcelo Justo) (Foto: )

Por Guilherme Macalossi 

Em sua participação na edição de estreia do “Imprensa Livre” na Gazeta do Povo, Modesto Carvalhosa mostrou que continua em sua cruzada moralizante para sanear o Supremo Tribunal Federal e recolocá-lo em contato com a sociedade. Autor do pedido de impeachment contra o ministro Gilmar Mendes, ele vê a Corte como razão de enorme “instabilidade institucional”:

“Nós temos hoje esse problema todo do Supremo Tribunal Federal que é um fator de instabilidade institucional no Brasil. Hoje em dia, o STF mantém uma instabilidade institucional permanente. A cada semana ele inveta para instabilizar as instituições democráticas. (…) Se não há instituições não há democracia. O Poder Judiciário, que age de uma maneira normal, correta, ninguém reclama do Poder Judiciário a não ser sua morosidade, tem na sua cúpula, realmente, uma negação total do que seja a função do Poder Judiciário, que é a pacificação social. Eles só criam a conturbação social, sobretudo agora que estão fazendo, patrocinando a operação abava para liquidar com a Lava Jato.”

Sobre as recentes polêmicas protagonizadas pelo STF, Carvalhosa é a taxativo: “O Supremo Tribunal Federal se volta 24 horas por dia para soltar corrupto”. Na entrevista, ele comentou também sobre a decisão do ministro Marco Aurélio Mello que, no final de 2018, havia determinado a soltura de todos os presos que ainda estavam detidos por condenação após segunda instância. “O Marco Aurélio é um homem esperto”, afirmou. Segundo o jurista, a decisão tomava corruptos como pessoas não perigosas e permitia a soltura apenas de um segmento específico de criminosos: “brancos e corruptos”.

“Eles protegem os corruptos que estão sob o foro privilegiado. Jamais vão julgar nenhum daqueles casos. Então o corrupto tem o foro privilegiado e eles seguram lá e deixam prescrever. Mas como tem corrupto fora do foro privilegiado, eles estenderam à Justiça Eleitoral o julgamento desses outros corruptos para poder também a Justiça Eleitoral fazer a mesma coisa: nunca julgar (…) O STF, ao decidir isso, ele pratica lesa-pátria. O STF é uma instituição inimiga do país. É uma instituição que, ela própria, deve ser julgada por esse crime cometido contra o país. Ou seja: de mandar os julgamentos dos corruptos para a Justiça Eleitoral, que, absolutamente, não tem nenhum aparelhamento para fazer julgamento de crimes comuns de lavagem de dinheiro, de organização criminosa e de crime de corrupção na sua sofisticação.”

Confira a íntegra da entrevista exclusiva de Modesto Carvalhosa a Alexandre Borges, e saiba mais sobre a cleptocracia brasileira e outros temas importantes do cenário político e jurídico de nosso país.

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