A terceira enquete do Borges quis saber se “existe limite para os protestos de rua” e eu quero chamar a sua atenção para o resultado que dá um recado claro para os políticos e ativistas do país.

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Demos três opções ao nosso público:

  • O limite é a lei, nenhuma tolerância com o crime sob qualquer pretexto
  • É preciso identificar e isolar uma minoria violenta, mas os protestos continuam válidos
  • Ataques contra propriedade e bens públicos, sem ferir ninguém, servem como uma mensagem válida contra o sistema
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O resultado da enquete que, como lembro toda semana, não tem caráter científico, mas serve como uma tomada de pulso do sentimento dos nossos leitores, não deixa qualquer dúvida.

Vamos aos resultados:

A primeira opção, aquela que fala em “nenhuma tolerância com o crime sob qualquer pretexto”, teve nada menos que 84% dos votos. É a maior votação desde que começamos com as enquetes por aqui.

A segunda opção, que isola a minoria violenta mas que considera os protestos válidos, teve 15% dos votos.

A terceira opção, que aceita vandalismo contra propriedade sem ferir ninguém, teve 1% dos votos.

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Ou seja, 99% dos votantes, praticamente todos, querem lei e ordem e rejeitam qualquer tipo de manifestação que resvale em crime, violência ou vandalismo.

Não cabe qualquer dúvida sobre o sentimento dos nossos leitores e é um recado claro para a classe política, ativistas e movimentos que piscam o olho para a violência.

É também uma prova de maturidade democrática dos brasileiros, que entendem perfeitamente que o direito de manifestação não dá direito à baderna.

Vale cruzar o resultado da enquete também com uma recente pesquisa do DataPoder360, publicada no último domingo, 14 de junho, em que 69% dos brasileiros dizem que não foram e não pretendem participar de manifestações sob qualquer pretexto. Outros 23% dizem que não descartam participar, meso durante a pandemia, mas ainda não participaram. Apenas 4% dos que responderam à pesquisa do DataPoder360 dizem que já participaram de manifestações durante ao surto do coronavírus.

Quando cruzamos os resultados, fica claro que a esmagadora maioria dos brasileiros, algo entre 70 e 80%, não cogitam participar de manifestações e não toleram qualquer tipo de crime ou desordem de outros.

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O Brasil aprendeu a lição com as badernas de 2013, que terminaram com a morte do cinegrafista Santiago Andrade, e os protestos ordeiros que levaram milhões de brasileiros às ruas em 2015 e 2016 e que conseguiram pressionar a classe política brasileira para a realização do impeachment de Dilma Rousseff.

O brasileiro deixa claro que sua maior preocupação é com a manutenção da ordem pública e a legalidade, que não se sente inclinado a ir às ruas durante a pandemia e quer que o estado faça tudo que puder para manter as manifestações dentro dos limites da lei.

As imagens das últimas manifestações, cada vez mais esvaziadas e com menos gente que festa de aniversário de condomínio, são outro indício de que os radicais de todos os lados estão cada vez mais isolados e seus métodos e bandeiras são evidentemente impopulares e não representam ninguém a não ser eles mesmos.

Esse resultado é relevante porque mostra que o brasileiro resistiu aos convites dos radicais, dos intolerantes, dos antidemocráticos, dos criminosos, e quer que a política respeite a lei e a ordem antes de tudo.

O recado está dado, agora é ver se vão ouvir.

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