Rodrigo Saraiva Marinho é o entrevistado de Alexandre Borges no Imprensa Livre| Foto: Divulgação

Por Guilherme Macalossi

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Ao longo da história, o Brasil fez uma opção política pelo intervencionismo. O simbolismo moderno dessa escolha é a Constituição de 1988, que estabeleceu uma série de direitos difusos em um texto longo e abrangente. O Estado seria o garantidor desta ordem de bem estar social. O que os legisladores de bom coração não perceberam é que estava criando as condições para o subdesenvolvimento e a corrupção sistêmica.

Mais de duas décadas depois, vivemos uma realidade de muito gasto público, muita burocracia e pouco dinamismo nas relações de mercado. O resultado é uma posição constrangedora do país nos mais variados indicadores de liberdade econômica.

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Rodrigo Saraiva Marinho, advogado e coordenador legislativo da bancada do Partido "Novo" na Câmara dos Deputados, aponta como a presença do Estado empurra o país para baixo nesses rankings internacionais:

“Os liberais e os conservadores, principalmente aqueles conservadores que acreditam no livre mercado, tem que batalhar contra o tamanho do Estado. O Estado hoje, ele, em todas as posições de ranking de liberdade econômica, toma um espaço absurdo. O Brasil hoje é 150° lugar no ranking da Heritage [Heritage Foundation é uma Think Tank liberal-conservadora norte-americana), está no ranking da Frasier [Frasier Institute é um órgão canadense de orientação liberal] lá em baixo também, no de fazer negócios lá em baixo. Ou seja: nós temos um longo trabalho para conseguir melhorar o ambiente de negócios no Brasil”, disse.

Entrevistado por Alexadre Borges no “Imprensa Livre”, Marinho destaca que o grande trabalho dos liberais é apontar como suas ideias “podem ser aplicadas na política no caso real”. Para ele, o objetivo é “mudar o pensamento brasileiro, tornar a ideia brasileira muito mais liberal do que estatista”.

Questionado por Alexandre Borges sobre como a esquerda conseguiu obter o “monopólio da virtude” no Brasil, Marinho responde que isso é responsabilidade dos liberais e conservadores, que se omitiram por muito tempo:

“Os liberais e conservadores se calaram por muito tempo. O primeiro passo é a gente assumir a nossa responsabilidade, que nós, simplesmente, deixamos de lado. (…) Deixamos a esquerda jogando sem oposição. Tinha um time e o outro time era inexistente.”

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Acompanhe a íntegra da entrevista com Rodrigo Saraiva Marinho, que também falou sobre as reformas econômicas e como o liberalismo está se tornando mais e mais popular entre os pobres.