| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O Conselho de Política Monetária ontem elevou em um ponto percentual a taxa básica de juros. Agora está em 14,25%, do mesmo tamanho que estava no governo Dilma. Chega a dar um arrepio, um frio na coluna. 14,25% ao ano como taxa básica de juros. Decisão unânime do Conselho de Política Monetária.

Todos os nove do Banco Central votaram a favor, assustados com a pressão da inflação. Teve imprensa áulica escrevendo que foi para conter o crescimento econômico. Não, foi para conter o crescimento da inflação e a desvalorização da moeda, causada pelos gastos excessivos do governo que provocam endividamento público e desequilíbrio nas contas públicas.

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O governo gasta mais do que arrecada, muito mais, porque criou um monte de ministérios para ter apoio político no Congresso, já que a eleição de 2022 deixou a esquerda com muito menos votos no parlamento, diz Lula, que tem entre 100 e 120 votos garantidos. O resto é negociável, inclusive com ministério.

E interessante que ontem houve um protesto de sindicalistas diante do Banco Central na Avenida Paulista. Até eu vi na imprensa que foi diante da sede do Banco Central na Avenida Paulista, o que está errado de se dizer, já que a sede do Banco Central é aqui de Brasília. Mas enfim, é divertido até comentar, pra gente não ficar com raiva quando lê as desinformações.

Eles precisam entender que não adianta fazer protesto contra a taxa básica de juros. É a mesma coisa que protestar contra o termômetro que acusou uma febre. É a mesma coisa que protestar contra o remédio que está tratando uma doença. Tem que protestar contra a causa da doença. E a causa da inflação se chama Luiz Inácio Lula da Silva. Aliás, não adianta nem trocar ministro da Fazenda, porque para ele, conforme já disse mil vezes, gasto de governo é investimento. Então ele acha que está investindo, mas está gastando. E a gastança se reflete nisso aí.

Quem acaba pagando é o povo, porque o dinheiro do povo se desvaloriza e é preciso mais dinheiro para comprar o mesmo bem, o mesmo quilo de alcatra, o mesmo pacote de café, a mesma dúzia de ovos. O bem continua com o mesmo valor. A moeda que se desvaloriza com o desequilíbrio fiscal. A causa é o governo.

Religião em alta

Vocês notaram que nessa onda conservadora mundial está havendo um certo modismo religioso, voltaram à moda a religião e a igreja católica. Olha só esse aplicativo lá dos Estados Unidos, Hallow - não é Hello de alô, não, é Hallow, de sagrado, palavra que compõe Halloween, por exemplo. Hallow se refere a algo sacro. Esse aplicativo está 150 países, tem 400 milhões de acessos em orações e meditações. Já teve 14 milhões de downloads, de pessoas que o baixaram.

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Estou falando do aplicativo por que é um exemplo desse modismo internacional. Aqui no Brasil a gente vê o Frei Gilson. O homem aparece ao vivo de madrugada, quatro da madrugada, e junta três milhões e trezentos mil pessoas acompanhando de madrugada. Então tem alguma força. Parece que as pessoas estão querendo algo mais espiritual. Eu estou falando de católicos, mas também vale para a religião cristã e religiões de modo geral. As pessoas estão procurando mais. Parece que está pegando um vazio aí com essas teorias woke, essa chatice woke, que quer dizer até como a gente deve pensar e não apenas falar.