Os presidentes do Brasil e da China, Lula e Xi Jinping.| Foto: EFE/EPA/KEN ISHII
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Hoje é um dia de um encontro dois a dois na casa do Lula. Lula e Xi Jinping, que chegou a alugar um hotel inteiro vizinho ao Palácio Alvorada, na beira do lago, só para ficar o dia inteiro com o Lula. Vai almoçar no Palácio Alvorada, depois à noite vai ser homenageando. Janja está satisfeita porque parece que vai ter um avião novo com chuveiro.

Está sendo tão importante a China que o próprio Javier Milei, que já havia dito que não queria negociar nem com a China nem com comunista nenhum, estava lá de mãos dadas no G20 com a China e reconhecendo que a China pode ser um excelente parceiro comercial.

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Gaseoduto

Por falar nisso, está confirmado o acordo de gás, gás de xisto, que vem lá da Patagônia para o Brasil, porque a Bolívia não está dando conta de fornecer o gás que combinou com o Brasil. Vocês lembram que a Bolívia meteu a mão nas instalações da Petrobras – foi um presente de Lula para Evo Morales.

A Petrobras é patrimônio do povo brasileiro. Mas, enfim, vai primeiro passar pela Bolívia, enquanto não tiver um gasoduto que entre por Uruguaiana no Rio Grande do Sul, que vai ser muito importante para a indústria gaúcha de adubos, petroquímica, e qualquer tipo de indústria que exija gás natural.

Trump

Vai ser uma nova fase de Lula com a China e Xi Jinping, porque a partir de 20 de janeiro, Donald Trump, por voto do povo dos Estados Unidos, volta à presidência dos Estados Unidos com um chefe do departamento de Estado – eu diria que é o segundo, o número dois no governo, talvez o número três seja o secretário da Defesa – que é um filho de cubanos, que conhece muito bem a experiência cubana e que não é muito simpático às ligações dos latino-americanos com os chineses. Agora há pouco foi um porto da China no Peru da China – já teve um encontro lá sobre isso. Mas enfim, é um dia importante nas relações Brasil de Lula e China, do governo politicamente comunista e economicamente capitalista da China.

Causa mortis

Dois fatos desses últimos dias. Um, a necessidade de vermos o laudo do Instituto Médico Legal da causa da morte do chaveiro que fez uma pirotecnia na frente do Supremo e morreu. Será que ele se suicidou ou será que, como um policial me disse, foi morto? E se foi morto, não há nenhuma condenação, foi a segurança do Supremo que estava assustada porque ele estava atirando os fogos de artifício que ele havia comprado contra o Supremo. Não quebrou nenhuma vidraça, nada. Mas é bom a gente saber a causa da morte.

Plano homicida

E a outra é saber dessas prisões, porque foi uma conspiração de um golpe que não houve, que não se concretizou. Um atentado que se concretizou foi o do Adélio Bispo em 6 de setembro, em Juiz de Fora, no ano eleitoral, contra o candidato que estava mais forte, que enfiou a faca na barriga dele. Mas esse não se concretizou, por quê?

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Porque eles esperavam que Bolsonaro assinasse um documento pedindo uma intervenção pelo artigo 142 da Constituição para haver uma recontagem de votos. Eles estavam revoltados com o sigilo, a incapacidade de se entender como se contaram os votos. Eu acho que isso está de pé até hoje, uma vez que teremos uma eleição em 2026 e cabe ao Congresso Nacional mudar. Já tentaram mudar, Roberto Requião, o próprio Flávio Dino, Bolsonaro, todo mundo queria a possibilidade de comprovante do voto e não deu certo. Lá na Venezuela a gente vê que dá certo, é transparente, todo mundo ficou sabendo que Maduro perdeu. Só que ele deu um chute na eleição e ficou no poder. Aqui no Brasil, a gente ainda está precisando disso.

Tivemos essa prisão preventiva. Supostamente,  era perigoso essas pessoas ficarem em liberdade, mas quatro deles, de seis, quatro oficiais superiores de forças especiais do exército estavam fazendo a segurança de Biden, de Xi Jinping e do próprio Lula. E, no entanto, o inquérito disse que eles planejavam matar Lula, Alckmin, prender ou matar o Alexandre de Moraes. Isso eles falavam entre eles no WhatsApp. Chegavam a falar as armas necessárias, só que não tinham armas também. Então a gente percebe que é muito barulho. E veio logo depois da fala da Janja, logo depois da pirotecnia no Supremo. Eu imagino os jornalistas que estavam cobrindo o G20 agora estão imaginando que tipo de país é esse.