A mãe de Jéssica, Inês Oliveira, depôs ontem, num inquérito aberto pela Polícia Civil de Araguari, Minas Gerais, sobre a morte da menina, diante da pressão de um site de fofocas. Dona Inês, desesperada, chorosa, confirmou que a filha recorreu a uma super dose de remédios contra a depressão, esses de tarja preta. Isso a levou à morte. Não aguentou a pressão das redes sociais, embora tenha apelado. O dono lá do tal site de fofoca fez pouco, disse que a hora de redação do Enem já tinha acabado. A mãe fez um apelo dramático, falando das dificuldades da filha com depressão e Jéssica foi embora. O delegado está apurando, vai ouvir outras pessoas para saber se houve indução, se ela foi induzida a fazer isso, porque aí é crime.
Por enquanto, seria crime contra a honra que depende da queixa da própria família. Todo mundo estranhou que, em seguida, Lula assinou um decreto criando Política Nacional de Cibersegurança e um Comitê Nacional de Cibersegurança. Diz que é para garantir a liberdade de expressão e prevenir incidentes e ataques cibernéticos, em particular, a infraestruturas críticas e a serviços à sociedade. Infraestrutura crítica seria, por exemplo, fornecimento de eletricidade, de água, serviço telefônico, de internet. E serviços à sociedade seria metrô, aeroportos, transportes públicos urbanos. Por exemplo, aqui em Brasília, houve um ataque, durante muito tempo, à bilhetagem eletrônica do serviço público de transporte. Anteontem, uma juíza decretou a prisão de um analista do Ministério Público da capital do país, do Distrito Federal, Suedeney dos Santos, que está foragido. Ele ajudava essa quadrilha a fazer um desvio de R$1 bilhão na bilhetagem eletrônica. Foi descoberto na Operação Old West, da Polícia Civil de Brasília. O sujeito levou de propina para ajudar a quadrilha R$ 140 mil que eram depositados na conta da mãe dele. Imaginem só.
Cegueira
Outra irresponsabilidade, meu Deus do céu. Festa de fim de ano, tem mais de 100 pessoas que já procuraram a emergência do hospital do Rio de Janeiro, o Souza Aguiar. As pessoas estão ficando cegas por causa de uma pasta que é usada para fazer tranças no cabelo, penteado, sei lá o quê. Aí a pessoa molha o cabelo, ou na chuva ou no mar, escorre e pega no olho. Aí pegando no olho, diz que provoca lesões na córnea. Começa a arder, começa a inchar, lá pelas tantas a pessoa não enxerga mais. Pode provocar cegueira temporária, foram lá para a emergência do Souza Aguiar. Como é que alguém põe no mercado, consegue pôr no mercado um negócio desses? E fica aqui a prevenção, né? É uma pasta que parece um gel usado para penteado. Aí, eu disse "que saudade que eu fico da brilhantina glostora", né? Pois é.
Dengue
Queria falar também sobre o recorde de dengue no Brasil este ano. Até agora já foram 1.079 mortes. Isso é resultado da falta de saneamento. Eu sempre falo aqui que estão gastando dinheiro para fazer propaganda eleitoral, dando 4 bilhões e 900 milhões para partidos políticos fazerem campanha eleitoral - esse dinheiro devia sair dos filiados dos partidos políticos - enquanto está faltando para o saneamento. Vejam só, o Norte tem só 20% de esgoto tratado, o Nordeste tem 35% e o Sul tem 82%. Aí vocês vão ver, as doenças decorrentes da falta de saneamento. São sete vezes mais nos estados do Norte do que nos estados do Sul. Cinco vezes mais nos estados do Nordeste que nos estados do Sul. Dengue é uma delas. Dengue, diarreia, chikungunha, zika, quistossomose. E pega criancinha que na primeira infância estão desenvolvendo o cérebro.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS