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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Acabou o ano e não vimos as tradicionais denúncias de corrupção

Acabou o ano e não vimos as tradicionais denúncias de corrupção
O presidente e a primeira-dama na Cerimônia de Declaração de Aspirantes a Oficial da Turma “70 anos da vitória da FEB”, no sábado (30). (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Começou o fim de ano e começa o fim do primeiro ano do governo Bolsonaro. Esse foi um ano em que a gente não viu as anuais e tradicionais denúncias de corrupção. Também não tivemos aquelas histórias de partido mandar em ministério: quem manda no ministério é o presidente.

Tivemos a prática da separação de poderes. O Legislativo cuida do Legislativo, o Executivo cuida do Executivo. No Legislativo cada um cuidou do seu nariz, o presidente da Câmara cuida da Câmara, o do Senado igualmente. E no Executivo cada chefe de governo mandou no seu governo. As coisas estão funcionando de modo diferente.

As empresas estatais não têm mais que perguntar ao líder do partido político se podem ou não fechar negócio ou se a empreiteira vai ou não dar propina sob a forma de ajuda eleitoral.

Imagina o que aconteceria neste ano em outra situação em relação às eleições do ano que vem. Em outro governo já estariam recolhendo propina para financiar a campanha das eleições municipais. Nos livramos.

O papel do Congresso

Na terça-feira (03) o IBGE vai anunciar o desempenho do PIB no terceiro trimestre, saem números da balança comercial, do comércio, da indústria. O comércio deve estar muito satisfeito com essas promoções da Black Friday. É claro que precisam parar de anunciar desconto de 70%, porque ninguém acredita.

Dezembro está começando. Dia 20 o poder Legislativo entra em recesso sem resolver muita coisa que deveria ter resolvido. O Congresso vai estar concentrado em resolver o orçamento porque isso é obrigatório e eles não entram em férias.

Entretanto, o pacote Anticrime de Sergio Moro está parado; assim como as emendas constitucionais da prisão em segunda instância. Isso vai ser um presente de Natal para os bandidos, corruptos e para os que vivem de negociatas.

Como a gente sabe, a gente sai do mês de festas de fim de ano, vem Carnaval, Semana Santa, eleição. O Legislativo tem que pensar muito nisso, já que tem uma reforma administrativa necessária e uma reforma tributária mais necessária ainda. Além disso, tem as propostas do ministro Paulo Guedes de emendas constitucionais para resolver a economia.

Eu reconheço que não se consegue resolver em um ano o que foi desmontado em décadas. Principalmente os valores da família, da pátria, morais, éticos, um estado que foi aparelhado por partidos políticos e um ensino que foi aparelhado por ideologias: isso é difícil de se desfazer.

Há uma série de medidas que foram propostas aos representantes do povo, aos nosso representantes e empregados no Congresso, por isso eles precisam receber as ordens dos patrões para que trabalhem com mais rapidez, a rapidez desejável para recuperar esse país.

É uma vergonha para nós que tenhamos estado à frente da Índia, da China e da Coreia e agora eles estão na nossa frente e muito. Estamos prejudicados por governantes que pensaram em ideologias do passado que foram postas à prova e fracassaram e não olharam para o futuro. A gente que se prepare para o ano que vem com muita esperança, otimismo e entusiasmo que são os motores da economia.

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