O ministro Alexandre de Moraes está monitorando a conta do padre Paulo Ricardo no Telegram. Ele é de Cuiabá (MT) e é conhecido no Brasil inteiro por falar sobre apostolado, liturgia e questões da Igreja Católica. Eu fiquei intrigado. Esse “monitorar” significa vigiar, fiscalizar, censurar, o que é proibido pelo artigo 220 da Constituição. Além disso, entre os direitos e garantias individuais está a liberdade de consciência e de crença, que é inviolável. Está na alínea VI do artigo 5.º, que é uma cláusula pétrea da Constituição.
O monitoramento começou meses atrás, quando o ministro Alexandre de Moraes mandou monitorar as 100 contas com mais seguidores do Telegram, e ele está incluído ali, mas ainda assim é uma coisa incompreensível. Eu acho que isso só vai fazer subir o número de pessoas que ouvem o padre Paulo Ricardo. Eu sou um dos que o acompanham.
TSE aceita sugestão das Forças Armadas sobre fiscalização das urnas
O ministro Alexandre de Moraes, como presidente da Justiça Eleitoral, acabou concordando com o ministro da Defesa sobre uma sugestão das Forças Armadas, que foram convidadas a dar propostas para a segurança e transparência das eleições, pois estavam muito reticentes. Na época de Edson Fachin, nem se conversava sobre isso, mas ele não está mais lá e Moraes vinha dialogando mesmo antes de assumir o TSE. Na reunião dessa quarta-feira, que foi acompanhada por técnicos em informática das Forças Armadas e da Justiça Eleitoral, eles concordaram em fazer uma inspeção de segurança das urnas na hora da votação, de forma aleatória. Isso pode fazer qualquer mal intencionado desistir de atrapalhar a eleição. Também foi anunciado que estará à disposição dos partidos políticos o boletim das urnas.
Moraes disse que somos o único país do mundo que apura e divulga o resultado das eleições no mesmo dia, mas não somos. Eu conversei com um embaixador europeu e ele disse que seu país, que é grande, faz contagem manual dos votos e anuncia o resultado no mesmo dia, às 9 da noite. Os mesários da própria seção contam e comunicam a central, que depois anuncia o resultado.
Sem precisar ajudar partido político, Itaipu pode financiar melhorias em Foz do Iguaçu
O presidente Bolsonaro teve um encontro com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, nas obras da Ponte da Integração. A obra começou já nesse governo, em agosto de 2019, e será entregue ainda este ano. É a segunda ponte entre Foz do Iguaçu e o Paraguai. Com isso, a Ponte da Amizade não vai mais aceitar caminhões com carga pesada, que vão para essa nova ponte sobre o Rio Paraná, que tem 760 metros de comprimento e o maior vão livre da América Latina.
Também está sendo feita uma via perimetral em Foz para evitar que o trânsito pesado passe pela cidade. Terá duas pistas, calçada para pedestres, acostamento. Tudo está sendo financiado pela Itaipu Binacional, não está saindo do seu imposto, nem do meu. Itaipu não está mais trabalhando para partido político. Então, está sobrando dinheiro para fazer a ponte e estradas, para baixar o preço da energia em quase 10%, para tornar o aeroporto de Foz um terminal internacional, para beneficiar 40 municípios da região de Foz e para criar um projeto de piscicultura no Lago de Itaipu, de onde ainda vai sair muita proteína.
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