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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Rumos errados

Está difícil sonhar com um feliz ano novo

ano novo
Rumo que o Brasil está trilhando não deve mudar no ano novo. (Foto: Marcio Antonio Campos com Midjourney)

Chegou a hora de desejar um feliz ano novo aos parentes, amigos, clientes... é chavão. Mas será que é mesmo possível termos um feliz ano novo? Olhamos para o Estado brasileiro, os três poderes da União, e não vemos muita possibilidade de que alterem o rumo desses últimos dois anos. É um rumo que leva o país para baixo na economia, nos valores, no respeito à Constituição e às leis, nas relações entre os mandantes e os mandatários, entre o povo e seus empregados no Estado brasileiro. Não parece haver muita esperança de que tenhamos um bom ano. Espero que tenhamos, mas não é o que nos mostram a realidade e o ano que está terminando.

E isso não apenas nos números das contas públicas, mas também nos procedimentos do governo federal, que não tem culpa de nada, a culpa sempre é dos outros. O Congresso Nacional só diz que não é com ele, parece que está alienado. O topo do Judiciário age como se não existissem a Constituição e todos os direitos ali expostos, principalmente os dos artigos 5.º e 220, sobre liberdade de expressão, vedação à censura, pleno direito de defesa, juiz natural. Está tudo esmaecido. Está na letra da Constituição, mas parece que não sai de lá, não vem para vida real, para o dia a dia brasileiro. Aí, sim, é relativo, na tal “democracia relativa” a que se referiu o presidente Lula quando não quis reconhecer que na Venezuela existe uma ditadura.

Ditadura da Nicarágua na mira da Justiça argentina

Falando em ditadura, a da Nicarágua agora está sob ordem de prisão da Justiça federal argentina, graças à mobilização de um professor da Universidade de Buenos Aires e de outros juristas, que encontraram no Direito Internacional razões para pedir a prisão de Daniel Ortega; da mulher dele, Rosario Murillo, que é a vice-presidente, ou vice-ditadora; e de mais membros do regime sandinista. A Justiça norte-americana também já está com prisão decretada de figuras da ditadura venezuelana: o chefe da comissão eleitoral, da Suprema Corte, da Polícia Bolivariana, e assim por diante.

Paraguai e Argentina mostram as vantagens da economia liberal

Neste dia 31 não tem operação de câmbio. Os bancos estão fechados, mas na segunda-feira o Banco Central teve de leiloar quase US$ 2 bilhões. As pessoas estão comprando todos os dólares que encontram porque sabem que vão ganhar dinheiro com isso, e vão transferir recursos para outros países. Não só para Estados Unidos e Europa: para a América do Sul também! O Paraguai está sendo grande destino de investimento de empresas brasileiras. A Argentina, agora, está feliz da vida porque o peso argentino foi considerado a moeda que mais se valorizou neste ano. Vejam as vantagens de uma economia liberal.

Já no Brasil, o atual ministro da Fazenda é o mesmo que, quando era ministro da Educação, me deu livros de presente para me convencer de que o futuro da humanidade é o marxismo, que não deu certo nem com todos os poderes da União Soviética e da China – aquela acabou; esta última continua comunista na política, mas na economia pratica um capitalismo até selvagem. Fora da economia liberal, não há criação de riqueza. A riqueza existe enquanto houver dinheiro do capitalismo, enquanto o socialismo estiver gastando. Depois, acaba. Foi Margaret Thatcher que lembrou disso.

Vamos desejar que em 2025 haja sensatez na cabeça de quem está no rumo errado e nem sabe; que tenham humildade para reconhecer os erros, não os atribuam aos outros e os corrijam, porque é para o bem de todos. Os erros praticados por alguns são pagos por todos.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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