Chegou a hora de desejar um feliz ano novo aos parentes, amigos, clientes... é chavão. Mas será que é mesmo possível termos um feliz ano novo? Olhamos para o Estado brasileiro, os três poderes da União, e não vemos muita possibilidade de que alterem o rumo desses últimos dois anos. É um rumo que leva o país para baixo na economia, nos valores, no respeito à Constituição e às leis, nas relações entre os mandantes e os mandatários, entre o povo e seus empregados no Estado brasileiro. Não parece haver muita esperança de que tenhamos um bom ano. Espero que tenhamos, mas não é o que nos mostram a realidade e o ano que está terminando.
E isso não apenas nos números das contas públicas, mas também nos procedimentos do governo federal, que não tem culpa de nada, a culpa sempre é dos outros. O Congresso Nacional só diz que não é com ele, parece que está alienado. O topo do Judiciário age como se não existissem a Constituição e todos os direitos ali expostos, principalmente os dos artigos 5.º e 220, sobre liberdade de expressão, vedação à censura, pleno direito de defesa, juiz natural. Está tudo esmaecido. Está na letra da Constituição, mas parece que não sai de lá, não vem para vida real, para o dia a dia brasileiro. Aí, sim, é relativo, na tal “democracia relativa” a que se referiu o presidente Lula quando não quis reconhecer que na Venezuela existe uma ditadura.
WhatsApp: entre no grupo e receba as colunas do Alexandre Garcia
Ditadura da Nicarágua na mira da Justiça argentina
Falando em ditadura, a da Nicarágua agora está sob ordem de prisão da Justiça federal argentina, graças à mobilização de um professor da Universidade de Buenos Aires e de outros juristas, que encontraram no Direito Internacional razões para pedir a prisão de Daniel Ortega; da mulher dele, Rosario Murillo, que é a vice-presidente, ou vice-ditadora; e de mais membros do regime sandinista. A Justiça norte-americana também já está com prisão decretada de figuras da ditadura venezuelana: o chefe da comissão eleitoral, da Suprema Corte, da Polícia Bolivariana, e assim por diante.
Paraguai e Argentina mostram as vantagens da economia liberal
Neste dia 31 não tem operação de câmbio. Os bancos estão fechados, mas na segunda-feira o Banco Central teve de leiloar quase US$ 2 bilhões. As pessoas estão comprando todos os dólares que encontram porque sabem que vão ganhar dinheiro com isso, e vão transferir recursos para outros países. Não só para Estados Unidos e Europa: para a América do Sul também! O Paraguai está sendo grande destino de investimento de empresas brasileiras. A Argentina, agora, está feliz da vida porque o peso argentino foi considerado a moeda que mais se valorizou neste ano. Vejam as vantagens de uma economia liberal.
Já no Brasil, o atual ministro da Fazenda é o mesmo que, quando era ministro da Educação, me deu livros de presente para me convencer de que o futuro da humanidade é o marxismo, que não deu certo nem com todos os poderes da União Soviética e da China – aquela acabou; esta última continua comunista na política, mas na economia pratica um capitalismo até selvagem. Fora da economia liberal, não há criação de riqueza. A riqueza existe enquanto houver dinheiro do capitalismo, enquanto o socialismo estiver gastando. Depois, acaba. Foi Margaret Thatcher que lembrou disso.
Vamos desejar que em 2025 haja sensatez na cabeça de quem está no rumo errado e nem sabe; que tenham humildade para reconhecer os erros, não os atribuam aos outros e os corrijam, porque é para o bem de todos. Os erros praticados por alguns são pagos por todos.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS