Muito se falou sobre os desentendimentos entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores. Eu acho que essa seria a hora de união, de fazer uma trégua.
É preciso esquecer todas as divergências pessoais, políticas e eleitorais. Porque acima de tudo está o Brasil e com duas grandes crises, a sanitária e a econômica. Nós temos que resolver as duas ao mesmo tempo.
Não tem como perder tempo com picuinhas pessoais. Desavenças como a de Bolsonaro com João Doria, que governa São Paulo, o estado com o maior número de casos de coronavírus e de mortes.
O presidente perdeu também um aliado importante que é o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Os dois divergiram acerca de ter ou não o confinamento social.
Acho que está na hora de acabar com isso. Eles podem voltar a discutir depois que tudo estiver resolvido tanto na economia, quanto na saúde. A gente não sabe nem até quando essa crise vai se estender.
Prefeitos pegam carona na doença
É possível que as eleições municipais sejam adiadas. Está cheio de prefeito achando que por conta do coronavírus vai conseguir mais votos durante o pleito e isso não é dedicação ao país.
Winston Churchill, por exemplo, disse que se aliaria ao diabo para combater Hitler. E tem gente que está se aliando ao coronavírus para ver se atrapalha o presidente Bolsonaro.
Estão pegando carona no corona. Não é hora disso, está na hora de pensar em algo mais importante que é defender as pessoas do vírus e defender a economia da possibilidade de uma depressão econômica.
Suécia paga para ver
O Japão não ordenou que os habitantes do país fiquem em quarentena, exceto quem está no grupo de risco como os que estão com suspeita da doença, os mais idosos e os que já tem doenças prévias. A economia está crescendo.
A Suécia por outro lado não está fazendo nada porque quer ver como o vírus se comporta e está sendo criticada por isso. A Suécia é um país muito frio, diferente do Brasil que tem temperaturas altas e população jovem.
Coronavírus tem o seu ciclo
Tenho notícia de duas pessoas que se recuperaram do coronavírus, o general Augusto Heleno e o Fábio Wajngarten. O general já está no Palácio do Planalto trabalhando, ele tem 73 anos.
Wajngarten conta que só tomou dois remédios de Novalgina quando estava com febre e muita vitamina C. Segundo o secretário de Comunicação, ele sentiu dor no corpo e febre. Disse que teve efeitos colaterais piores quando teve gripe.
Esse é o coronavírus. Ele tem um ciclo. Além disso, a doença atinge majoritariamente pessoas que já tem outras doenças cardíacas, respiratórias ou outras.
Salva de palmas
O pessoal aplaudiu muito os profissionais de saúde, mas os que fazem a comida chegar na nossa mesa também merecem esse tipo de atitude. Todos os que plantaram, colheram, venderam e transportaram merecem nossos aplausos. Tem motorista que está fazendo de tudo para enfrentar a BR mesmo sem os serviços de beira de estrada, como almoço e borracharia, porque está tudo fechado. Esses são os soldados do alimento e também merecem os nossos aplausos.