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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Recuperações judiciais

Os números não enganam: a economia está cambaleando

Consequências dos lockdowns impostos durante a pandemia continuam aparecendo. (Foto: Lineu Filho/Arquivo/Tribuna do Paraná)

Eu abro os jornais e as páginas de política só trazem elogios ao governo federal e ao “trabalho maravilhoso” que está fazendo no Rio Grande do Sul, enquanto dizem que as críticas ao governo são todas “fake news”. Mas quando se chega às páginas da economia, não há como negar os números, não adianta. Nos quatro primeiros meses do ano, até 30 de abril, os pedidos de recuperação judicial aumentaram 80% neste ano. São empresas, e até grandes empresas, que estão inadimplentes, não têm como pagar suas dívidas.

Conversei nesta segunda-feira com um amigo que é advogado tributarista e atende essas empresas. Ele me contou sobre um cliente que não conseguiu mais pagar o aluguel do shopping, e que isso começou com a história de fechar tudo na pandemia. Aí veio o rombo, que só cresceu. Tem de desempregar, não pode pagar, tem de pedir recuperação judicial. Será que era mesmo necessário fechar tudo? Está aí o resultado. E o advogado me perguntou: e o BNDES? Não é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social? O “econômico” tem o “social”, porque inclui os trabalhadores. E é nacional. Tanto dinheiro que vai para fora desse “banco nacional”, pois agora estão precisando muito, aqui dentro.

No boletim Focus – que é um levantamento do Banco Central sobre o que está pensando o mercado financeiro – desta segunda-feira, a previsão de inflação subiu pela quarta semana consecutiva. Temos, ainda, o rombo dos arrozeiros, que pegaram três anos de seca e agora a enchente, mas colheram quase 90% da safra e dizem que o Brasil tem arroz suficiente para abastecer o mercado e até exportar. Só que o país está importando e parece que vai vir um arroz da Ásia, que não tem nada a ver com a panela e o prato do brasileiro.

Quando a OMS pagará pelos erros da pandemia?

Falei da história do “fecha tudo”, e acabaram de fazer um protesto em Genebra, na frente da Organização Mundial de Saúde (OMS), por causa de tudo que a OMS cometeu durante a chamada pandemia. Agora todos sabem que sim, havia e há tratamento; por que mentiram, dizendo que não tinha tratamento, levando à morte de tanta gente que não foi tratada? Será que era para fazer negócio com respiradores? É hora de pensarmos sobre os erros do passado, para evitar que sejamos enganados de novo. Vejam o caso de Porto Alegre: houve a lição de 1941 e ainda assim construíram um aeroporto abaixo da cota daquela enchente. O aeroporto está numa cota de 4,5 metros e a enchente de 1941 chegou a 4,75 metros. A água subiu ainda mais esse ano, meio metro a mais, porque a sujeira do leito do rio e os aterros todos fizeram a água sair.

Violência em Fátima faz Portugal repensar imigração 

O governo português está preocupado, e com razão. Quantos de vocês que me ouvem e me leem já fizeram peregrinação ao maravilhoso santuário de Nossa Senhora de Fátima? Pois agora imigrantes provocaram, pela primeira vez, violência nas ruas do centro de Fátima, na madrugada de domingo. Deixaram um morto e cinco feridos – o morto com 25 anos, e os feridos entre 20 e 30 anos. A Polícia Judiciária está investigando as causas, porque os autores são conhecidos, todos vieram da ex-colônia do Timor-Leste, para onde foram soldados brasileiros das forças de paz, depois dos problemas com a Indonésia, que entrou na ilha quando Portugal saiu, em 1975. Hoje, o Timor-Leste é o país de fala portuguesa que mais envia imigrantes. Isso levantou de novo a questão da imigração. Os europeus têm de pensar sobre sua cultura, sua independência, porque a história mostra que a Europa foi muito invadida por nações, povos que vieram do norte da África, do Oriente Médio, dos Bálcãs, tem muita história. E a história nos ajuda a evitar os erros do passado.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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