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ensino em casa
Projeto de lei do homeschooling foi aprovado pela Câmara dos Deputados e seguiu para o Senado.| Foto: Standsome/Pixabay

Uma boa notícia aos pais que se preocupam com suas crianças em escolas onde há drogas, assédio sexual, violência e pregação de ideologia e de princípios diferentes dos que se recebe em casa. Foi aprovada na Câmara dos Deputados a proposta do ensino em casa, chamado no termo em inglês de homeschooling. Foram 264 votos a favor e 144 contra 144. O projeto agora ainda vai para o Senado.

Está claro que tem muitos professores de escola pública que são contra isso porque querem catequizar as crianças e assim elas fogem do seu domínio, da catequese ideológica. Porque escola é ensino, educação é em casa. Em casa se forma o cidadão, a critério dos pais, respeitando as decisões dos filhos, obviamente.

Mas tudo começa em casa. As minhas preferências políticas eu confesso que vêm da minha mãe. Quando eu tinha cerca de 5 anos de idade eu ouvia minha mãe falar em quem iria votar nas eleições que finalmente chegaram depois da ditadura, em 1946.

Eu vejo que também escolas particulares são contra, porque aí tem o bolso do pai. Vem com aquele argumento de que a criança precisa de socialização. Mas qual é a socialização? Ficar igual a todas: na roupa, no tênis, no cabelo? Isso não é socialização, é cortar a individualidade da criança, que é obrigada a seguir o grupo. Se o grupo resolve botar brinco, todo mundo tem que botar brinco. Se resolve pintar o cabelo de verde, todo mundo tem que pintar. Eu sei disso porque no meu tempo de ginásio todos tínhamos que cortar o cabelo escovinha, ficar iguais.

Outros argumentos: ah, mas tem parquinho, tem diversão, a criança vai para rua, visita os amigos, vai para os aniversários, tem os parentes. Vai ser um ambiente diferente porque na escola pode ter o entrechoque. Mas o entrechoque também tem em casa, na família, nos vizinhos, todos sabemos. Enfim, é uma decisão que o Senado vai analisar agora.

Observadores estrangeiros

O presidente da Justiça Eleitoral, ministro Edson Fachin, disse que 100 observadores estrangeiros virão ao Brasil para observar a eleição de outubro. Eu fico pensando: mas eles vão observar o quê? Alguma coisa que nós, 150 milhões de eleitores brasileiros, não poderemos observar? Terão acesso a alguma transparência que nós não teremos? Eu fiquei nessa dúvida. É estranho!

Terceira via bate o martelo

Os partidos da autointitulada terceira via – MDB, PSDB e Cidadania – fizeram várias reuniões em Brasília nesta semana e decidiram fechar com Simone Tebet como candidata única e afastar o ex-governador João Doria da disputa. Tebet é senadora pelo Mato Grosso do Sul, foi prefeita de Campo Grande e é do MDB.

Doria se deu mal. Ele descumpriu a promessa de ficar na prefeitura de São Paulo e foi ser governador. Primeiro apoiou Bolsonaro e em seguida se tornou o governador mais hostil ao presidente da República. Então é uma série de semeaduras feitas que agora Doria está colhendo.

Ele vai acabar tendo o mesmo destino de Sergio Moro, Luis Henrique Mandetta e Rodrigo Pacheco que lá pelas tantas foram apresentados como grandes candidatos à Presidência da República. Próxima terça-feira (24), em Brasília, será anunciado, enfim, o tal candidato da terceira via.

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