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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Agronegócio

Produtores de frango aderem ao boicote ao Carrefour

Boicote ao Carrefour
Frigoríficos decidiram suspender entrega de carnes às redes Carrefour, Atacadão e Sam’s Club. (Foto: Sir Velpertex di Crantx/WikimediaCommons)

O ministro da Agricultura do Brasil informou que o tal boicote dos produtores brasileiros ao Carrefour inclui também a carne de frango. Não é muita coisa, mas é simbólico, porque os franceses disseram que não comprariam mais carne brasileira por falta de qualidade sanitária, o que é uma grande mentira. É protecionismo: eles não sabem o que fazer, pressionados que estão pelos agricultores franceses, que não têm a mesma produtividade da agricultura, da pecuária e da avicultura brasileira, e estão até jogando estrume em repartições públicas.

O Carrefour está pagando caro por esse anúncio de boicote à carne brasileira – não só brasileira, mas de todo o Mercosul. O Brasil está respondendo, como eu já mostrei, com federações de hotéis e restaurantes deixando de comprar nas lojas do Carrefour e nas outras duas marcas que pertencem à rede, com mais de 500 lojas pelo país.

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Escândalo da venda de sentenças está cada vez maior

A história da venda de sentenças está crescendo. Um juiz não tem de ser apenas isento no tratamento de um processo; deve estar acima de qualquer suspeita. E a suspeita recai sobre um grande número de juízes e desembargadores de São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Maranhão. São exatamente 23 magistrados, sendo 16 desembargadores e sete juízes. Seis já estão usando tornozeleira, um está preso. Há quatro servidores do Superior Tribunal de Justiça envolvidos, e deve haver mais gente, porque essas coisas não se resolvem diretamente no tribunal ou no fórum, e sim em algum escritório de advocacia ligado a determinado magistrado, para ele não ter linha direta com o recebimento da vantagem por uma sentença favorável.

Excessos do Supremo estão nos maiores jornais do Brasil e dos EUA 

Um dos principais jornais do país, O Estado de S.Paulo, no seu principal editorial de segunda-feira, afirmou que Alexandre de Moraes não pode seguir atuando como vítima, delegado, promotor e juiz ao mesmo tempo, e deveria declarar-se impedido. O pior de tudo é que isso já saiu no New York Times deste domingo. Uma reportagem mostrou que o Supremo desmontou a Lava Jato, a maior operação anticorrupção do mundo. Saiu foto de Dias Toffoli dizendo que ele trabalhava para o PT e para Lula, e agora ajudou a soltar a Lula, deixando-o ficha limpa e permitindo que ele fosse candidato. Mesmo condenado em três instâncias, Lula foi descondenado. Nove juízes em três instâncias confirmaram a sentença. Mas inverteu-se tudo isso: em vez de punirem os corruptores, foram punidos o juiz Sergio Moro e o promotor Deltan Dallagnol. Isso apesar das pessoas que devolveram o dinheiro roubado, que confirmaram tudo em depoimento. Mas está anulado, e está lá no New York Times a anulação das provas e das condenações.

VEJA TAMBÉM:

STF tem maioria para manter símbolos religiosos em prédios públicos 

Já há maioria no Supremo para manter imagens religiosas em repartições públicas de todos os poderes, de todos os níveis. O Ministério Público queria proibir as imagens sob a alegação de que a Constituição diz que o Estado é laico. Estado laico significa que o Estado não tem religião. Mas o relator, Cristiano Zanin, disse que se trata de símbolos da tradição cristã brasileira, que tais símbolos estão ornando e lembrando essas tradições nas repartições. Ou seja, a tentativa do MP será arquivada.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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