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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Diplomacia

Bolsonaro abre nossas fronteiras para os comunistas. E isso é bom

Bandeira da China.
Bolsonaro anunciou a isenção de visto para turistas chineses e indianos no Brasil. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

Esse julgamento no Supremo deve continuar no dia 6 de novembro. As perspectivas são de que dê 5 x 5. Os que querem prisão em segunda instância e os que querem prisão quando chegar ao fim do mundo durante o juízo final, literalmente. Quem vai desempatar essa votação é o presidente do STF, Dias Toffoli.

Eu não sei porque há tanto debate em torno disso porque se você ler a Constituição como eu li vai encontrar o artigo que diz “ninguém será considerado culpado antes do trânsito em julgado”.

Mas também vai encontrar outro, na linha seguinte, dizendo que o poder Judiciário pode mandar prender justificando, por exemplo, que o sujeito é corrupto, pode mudar prova e intimidar testemunha.

O sujeito pode continuar praticando os crimes que já cometia como contrabando, traficar, agredir mulheres, pedofilia e assalto. É isso que a gente tem visto. Para usar um exemplo que foi usado no voto do ministro Luiz Fux, o jornalista Pimenta Neves matou a namorada pelas costas, confessou, mas só foi preso 11 anos depois.

Esses recursos já não tem mais nada a ver com as provas do processo. O exame de prova e de fatos termina na segunda instância. Depois disso só é discutido os embargos, que fazem a festa dos advogados e de quem está torcendo para a prescrição chegar.

Visto livre para chineses e indianos

O presidente Jair Bolsonaro está na China. O país vai ganhar 300 milhões de novos consumidores e está precisando muito de carne brasileira, bovina, suína e de frango. Há uma grande perspectiva para a agroindústria, pecuária e criação brasileiras.

Além disso, durante a viagem foi anunciada a dispensa de visto para indianos e chineses. Os dois juntos não são poucos, são 2,5 bilhões de pessoas. É uma parte da população da Terra.

Já fizemos isso para japoneses, canadenses, estadunidenses e australianos, só que eles são muito exigentes. Eles querem limpeza nas ruas, não querem mau cheiro na cidade, querem tudo organizado e sem assaltante.

Se a gente quiser atrair turista não adianta só abrir visto não. A gente pode abrir visto, facilita os negócios, mas a gente tem que fornecer esse chamariz para os estrangeiros. No fundo essas mudanças vão servir para nós. A nossa vida vai ficar melhor.

Enfim, um embaixador

O Eduardo Bolsonaro virou líder do PSL na Câmara e desistiu da embaixada em Washington. Quem vai virar embaixador é o candidato natural, o ministro de primeira classe Nestor Forster.

Ele é diplomata há 35 anos no Itamaraty, casado com uma diplomata. Ministro de primeira classe significa que ele está apto para ser embaixador. Ele já era embaixador interino sendo encarregado de negócios.

Antes disso ele foi ministro conselheiro da embaixada, cônsul em dois lugares nos Estados Unidos. Forster está há 10 anos nos EUA. Foi, inclusive, cônsul em Nova York. Nestor Forster defendeu o Brasil nesta crise do fogo na Amazônia.

Essa é uma coisa que está resolvida. Ficou melhor para todo mundo eu acho, tanto para o presidente da República e o Eduardo Bolsonaro quanto para a embaixada. Agora têm cinco deputados pedindo a expulsão do Eduardo Bolsonaro do PSL, vamo ver como é que fica.

Inchaço patológico

O pacote do ministro Paulo Guedes é para enxugar a gordura e o peso do governo. Isso está pesando sobre os nossos bolsos. O nosso imposto tem sido usado para sustentar o governo, mas ele deveria ser usado para o governo prestar bons serviços públicos.

Deveriam investir nosso impostos em educação, saúde, segurança, infraestrutura. Mas isso não acontece porque o governo está inchado. O governo Bolsonaro herdou um inchaço patológico.

Haverá PECs propostas, já conversadas com os presidentes da Câmara e do Senado, para permitir que o governo tenha a liberdade de cortar gastos. Tem que parar de achar que um gasto precisa ser feito obrigatoriamente, ou é preferencial. Os nossos impostos não são para sustentar privilégios, castas. Não dá para sustentar um estado que não preste bons serviços públicos.

Perigo

Esse petróleo, que está fazendo tanto mal às praias nordestinas, está fazendo mal, também às pessoas voluntárias que vão tirar o petróleo. Quando as pessoas mancham as partes do corpo com o petróleo, elas estão usando para remover o óleo benzina, querosene e gasolina.

Há o perigo do petróleo chegar até o arquipélago de Abrolhos.

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