Vocês lembram de Marco Maia, ex-presidente da Câmara, do PT? Pois agora ele é réu. A Justiça em primeira instância – porque ele não é mais deputado e por isso não foi para o Supremo – aceitou denúncia contra ele.
Marco Maia está sendo acusado de ter recebido dinheiro como relator daquela CPI mista da Petrobras, que não deu em nada, para não sugerir o indiciamento de dirigentes da OAS e da Toyo Setal, duas empreiteiras. O ex-presidente da Câmara recebeu um milhão de reais de uma empreiteira e meio milhão de outra. Isso aconteceu em 2014.
A CPI da Petrobras era vergonhosa. Teve o ex-senador Gim Argello que recebia propina para que empresas não fossem convocadas e nem indiciadas. Aquilo era uma indústria, uma CPI que se tornou indústria.
O primeiro condenado no Supremo Tribunal Federal foi preso. Nelson Meurer, do Partido Progressista do Paraná, que nasceu no Rio Grande do Sul, também foi condenado pela Lava Jato a 13 anos e 9 meses.
Faz um ano e meio que ele foi condenado. Mas ele estava solto por causa de embargos de declaração. É aquilo que eu tenho falado aqui. Embargo é só para protelar e foi isso que o ministro Edson Fachin concluiu.
Crime de difamação
Eu vi o presidente Jair Bolsonaro irritado e indignado como nunca durante 20 minutos. Aquilo foi uma explosão, eu até pensei que ele ia ter um treco. Ele se indignou com o noticiário enquanto estava na Arábia Saudita.
Bolsonaro teve conhecimento da reportagem do Jornal Nacional às 2:30 da manhã – por causa do fuso horário. O conteúdo dessa notícia mostra que o porteiro do condomínio, onde Bolsonaro tem casa, disse que chegou um suspeito no dia da morte de Marielle Franco, Elcio Queiroz, pedindo para falar com a casa do presidente e que alguém com a mesma voz de Bolsonaro autorizou a entrada de Queiroz.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que isso é um factóide, ou seja, uma invenção para prejudicar o presidente. Essa questão já estava resolvida porque não se sustentava.
Já estava muito provado que naquele dia Bolsonaro estava votando no plenário da Câmara e por isso o Ministério Público já havia anunciado ao PGR, e depois ao Supremo, como é de praxe, porque envolvia o nome do presidente da República embora na época ele fosse deputado, que aquilo era invenção.
As gravações que foram enviadas ao Supremo não registram o nome de Bolsonaro e sim que o porteiro fala que um senhor Elcio estava na portaria e uma voz, que não tem nada a ver com a voz de Bolsonaro, diz “tá, pode liberar”.
Elcio Queiroz, suspeito da morte de Marielle e do motorista, foi para a casa 65 de Roni Lessa, que é um outro suspeito, no dia 14 de março de 2018. Segundo o que Aras disse ao repórter da Folha de São Paulo, essa situação gerou um crime de difamação contra o presidente.
Ao mesmo tempo, a Procuradoria está investigando o porteiro do condomínio Vivendas da Barra por crimes de denunciação caluniosa e falso testemunho. Tudo isso resultou em uma indignação muito grande do presidente.
Segundo o procurador-geral da República, essa história tinha o intuito de atingi-lo por algo que já estava arquivado. Aras disse que está arquivado na Procuradoria e no STF porque as provas, as gravações e as evidências são fracas.
A pessoa não pode estar no plenário da Câmara e no condomínio Vivendas da Barra ao mesmo tempo, ao menos que seja Santo Antônio. Exceção de Adélio Bispo que estava na Câmara e enfiando a faca na barriga de Bolsonaro, em Juiz de Fora. Ainda não se conseguiu apurar quem foi que registrou a presença de Adélio Bispo na Câmara já que ele não é Santo Antônio.
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